Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Twitter e Instagram sofrem boicote após post antissemita de rapper britânico
Redes sociais dizem que repudiam conteúdo de ódio
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Políticos, celebridades e outras figuras públicas no Reino Unido começaram um boicote de 48 horas ao Twitter e ao Instagram nesta segunda-feira (27) após uma série de críticas à forma como as plataformas reagiram a comentários antissemitas publicados pelo rapper britânico Wiley na sexta-feira (24).
O Twitter e o Instagram removeram uma série de posts em que o artista fazia comparações entre a comunidade judaica e a Ku Klux Klan, além de outros comentários, e impediram Wiley de fazer novas postagens por uma semana. No entanto, uma parte dos posts do músico, que insinuam uma ligação entre os judeus e os americanos proprietários de escravos, permanece pública.
O boicote às redes sociais ganhou apoio da principal entidade judaica dos EUA, o American Jewish Committee, os atores Jason Isaacs e Eddie Marsan, a banda McFly, entre outros.
As plataformas também se posicionaram após o movimento. O Facebook disse que não havia lugar para discursos de ódio no Instagram. "Excluímos o conteúdo que viola nossas políticas desta conta e bloqueamos o acesso por sete dias", afirmou a empresa.
O Twitter disse que a plataforma condenou fortemente os abusos e o assédio. "Nós aplicamos nossas regras de maneira criteriosa e imparcial para todos, e tomamos medidas se uma conta violar nossas regras", afirmou, acrescentando que proíbe imagens e conteúdos de ódio que promovam violência contra indivíduos com base em características como a fé.
com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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