Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Médicos pedem quebra de patente de remédio antitabagista em desabastecimento
Pfizer avisou Anvisa em junho que faltaria Champix até julho de 2021
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Cinzeiro As sociedades brasileiras de cardiologia e pneumologia estão preparando um comunicado para enviar à Anvisa pedindo a quebra da patente da molécula do Champix, medicamento para combater o fumo, de acordo com Jaqueline Scholz, cardiologista diretora do programa de tratamento do tabagismo do Incor. A médica afirma que o caso é preocupante porque, como mostram pesquisas realizadas nos últimos meses, o consumo de cigarros cresceu durante a pandemia.
Fumacê Há pouco mais de um mês, a Pfizer, fabricante do Champix, avisou a Anvisa que o produto passaria por um período de desabastecimento com previsão de normalização só em julho de 2021, como antecipou o Painel S.A.. Na época, a farmacêutica não deu detalhes sobre o motivo do problema. Só disse que se tratava de adequação regulatória do local de fabricação.
Filtro “Se a Pfizer tem a licença para importar e comercializar e não propõe uma solução, que lacuna a gente tem para facilitar o acesso das pessoas? A importação acabou encarecendo em quase 30% o produto, sem contar que às vezes demora semanas”, diz Scholz.
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