Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Dona da Telhanorte e da Quartzolit vê desemprego e inflação em 2021
Para presidente da Saint Gobain, economia precisa de transição após auxílio emergencial
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Para atender o aquecimento no mercado da construção civil, as fábricas da francesa Saint Gobain estão funcionando em turnos contínuos de 24 horas por sete dias na semana e com profissionais temporários, segundo Thierry Fournier, presidente da multinacional para a América Latina.
A companhia, que tem marcas como Telhanorte e Quartzolit, espera crescimento de 17% no faturamento de 2021 na comparação com 2020, em que o avanço estimado é de 10%.
O primeiro trimestre ainda deve ser forte, com os consumidores concluindo suas obras, mas depois o mercado pode desacelerar, afirma.
Fournier relata escassez de produtos em nível aceitável no varejo operado pela empresa e diz que os estoques estão se normalizando. Nas fábricas, as compras foram antecipadas e há insumos suficientes, segundo ele.
O executivo projeta um ano desafiador em 2021, com desemprego e inflação em alta por causa do câmbio e dos repasses que os fornecedores deverão fazer em breve.
Para o executivo, é importante que seja feita uma transição para que a economia volte à normalidade após o período em que foi sustentada pelo auxílio emergencial. "Se, de um dia para outro, se corta o auxílio, as consequências podem ser brutais."
Após quatro anos sem investir em novas fábricas, a Saint Gobain deverá inaugurar quatro novas unidades no ano que vem, afirma Fournier.
com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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