Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Detenção de Gabigol em cassino na pandemia estimula nova pressão para legalizar jogos de azar
Para defensores da formalização do jogo, estabelecimento estaria fechado se não fosse clandestino
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A fiscalização deste final de semana que encontrou o jogador do Flamengo Gabigol e o funkeiro MC Gui em um cassino de luxo em bairro nobre de São Paulo foi vista entre setores que defendem a legalização dos jogos de azar como uma oportunidade de retomar a discussão do assunto no país. A argumentação é que, se o estabelecimento não fosse clandestino, ele estaria fechado, obedecendo as medidas de restrição de circulação para conter o coronavírus.
Para Magno José Sousa, presidente do IJL (Instituto Brasileiro Jogo Legal), ver um caso desses no momento mais grave da pandemia é emblemático porque ilustra como a atividade mantida na ilegalidade desprotege o cidadão.
Sousa afirma que a defesa mais comum da legalização do jogo de azar se baseia no argumento de que vai trazer investimentos, empregos e arrecadação de impostos, mas a questão sanitária também entrou no debate.
O cassino em que Gabigol foi detido não é o primeiro que opera ilegalmente na pandemia. Em julho do ano passado, quando o governo do estado começou a flexibilizar a reabertura de estabelecimentos como shoppings e academias, o Painel S.A. informou que os bingos também enviaram comunicados aos seus frequentadores, grande parte idosos, avisando que voltariam a operar com máscara, álcool em gel e máquinas higienizadas.
com Filipe Oliveira e Andressa Motter
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