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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Massa de ar polar rara pode atingir o Brasil com geada na próxima semana

Frio rigoroso prejudica agricultura em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, e região Sul

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São Paulo

Uma nova massa de frio de origem polar deve ingressar no Brasil na próxima semana trazendo uma terceira onda de geadas no ano. É algo raro, que pode provocar uma quebra de safra grave e atingir culturas de milho, cana, trigo e café. O frio preocupa porque as perdas da geada da semana passada ainda não foram completamente mensuradas. Áreas de maior altitude podem registrar máximas negativas, chegando a -10º C em algumas cidades de serra no Sul, segundo a MetSul Meteorologia.

A temperatura deve ficar negativa ou próxima de zero na maior parte dos municípios no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná. O frio também deve chegar a São Paulo.

Geada em São Joaquim, Santa Catarina, em 6 de Julho de 2021 - Imagens Mycchel Legnaghi/São Joaquim Online

Felippe Reis, da empresa de análises Geosys, diz que pode haver geada em regiões do Paraná e do sudeste de São Paulo e do Mato Grosso com impactos maiores sobre o milho que ainda falta ser colhido. "As geadas também podem danificar o trigo, que foi plantado no Paraná e está quase terminado no Rio Grande do Sul, mas em intensidade menor porque está no início do ciclo", diz.

Segundo Reis, a cana pode sofrer mais nas regiões norte do Paraná e em São Paulo, depois do estrago das geadas do fim de junho e desta semana. A cafeicultura do sul de Minas Gerais também pode ser atingida.

​Situações de temperatura semelhantes ao que se prevê agora levam alguns anos para acontecer. Segundo a MetSul, a probabilidade de nevar nas áreas de maior altitude do Sul é alta, mas a previsão pode mudar até a chegada da frente fria.​​​

Marcos Jank, professor do Insper, diz que a segunda geada, neste mês, assustou mais que a primeira, porque atingiu hortifrutis, além das commodities. "Se vier uma terceira neste ano, será surpreendente. Ninguém vai poder dizer que não existe mudança do clima", afirma.

com Mariana Grazini e Andressa Motter

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