Siga a folha

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Entidades de formação de jovens preparam reação contra minirreforma trabalhista

Ciee diz que medida precariza CLT e segrega jovens

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Entidades de formação de jovens preparam reação contra a minirreforma trabalhista que pegou carona na MP (medida provisória) criada em abril para liberar mais uma rodada de redução de salário e jornada.

O Ciee (Centro de Integração Empresa-Escola) diz que se uniu a outras entidades, como a Febraeda (Federação Brasileira de Associações Socioeducacionais de Adolescentes) e a Espro (Associação de Ensino Social Profissionalizante) para fazer uma nota contra as propostas, e o grupo está conversando com parlamentares antes da votação da medida provisória, que entrou na pauta da Câmara desta terça-feira (3)​.

Antes do recesso parlamentar, o relator Christiano Aureo (PP-RJ) incluiu no texto a minirreforma com dois programas trabalhistas, o Priore (Programa Primeira Oportunidade e Reinserção no Emprego) e o Requip (regime de qualificação), voltados para pessoas entre 18 e 29 anos, ou desempregadas há mais de dois anos, ou beneficiários de programas federais de transferência de renda.

Na avaliação de Humberto Casagrande, presidente do Ciee , os programas podem aumentar a evasão escolar porque não estabelecem ligações com as instituições de ensino. Ele afirma que as medidas também não atendem às necessidades das empresas.

O Priore reduz o recolhimento de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) dos empregados nesse modelo de contrato. Para Casagrande, a medida pode trazer insegurança jurídica para as companhias porque os profissionais podem querer reivindicar o pagamento na Justiça.

"É uma precarização da CLT. E existe ainda o problema da segregação desses jovens, que são negativamente qualificados", diz Casagrande.

com Mariana Grazini e Andressa Motter

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas