Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Geladeira mais barata demora mais para se adequar a novo padrão de economia de energia, diz indústria
Fabricantes estimam investimento de R$ 300 milhões para entrar no novo modelo do Inmetro
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Os fabricantes de geladeiras estimam que os investimentos para adequar suas linhas de produção ao novo padrão dos selos de economia de energia, que o Inmetro divulgou nesta quarta (4), devem girar em torno de R$ 300 milhões até 2030, quando está prevista a terceira fase da mudança.
Durante as discussões sobre o processo, a indústria diz que enviou seu pleito ao Inmetro para tentar amenizar o impacto dos investimentos no preço dos produtos da categoria chamada "de entrada", ou seja, os mais baratos.
Segundo a Eletros (associação do setor), as geladeiras mais acessíveis terão uma curva mais suave de adaptação aos novos padrões de eficiência energética, o que ajuda a diluir os investimentos.
A aceleração das mudanças exigiria grandes recursos em pouco tempo, o que poderia sobrecarregar a indústria gerando repasses ao consumidor. Pelos estudos da Eletros, o produto poderia ficar até 30% mais caro se tivesse de se adaptar ao novo regramento de imeadiato.
"Em um cenário com refrigeradores menos acessíveis, o consumidor de baixa renda deixaria de comprar novos produtos, optando por reformar sua antiga geladeira ou até mesmo comprando uma usada. Isso resultaria em aumento do consumo de energia e na conta de luz, já que os produtos mais antigos são menos eficientes", diz Jorge Nascimento, presidente da Eletros.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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