O Inmetro publicou nesta quarta (4) a portaria que estabelece as novas regras para as etiquetas de eficiência energética das geladeiras residenciais —que podem ser acompanhadas pelo selo Procel— e, agora, parte para um projeto que deve tornar obrigatória a colocação da etiqueta nos refrigeradores comerciais, usados em estabelecimentos como supermercados, açougues e restaurantes.
Segundo o órgão, o processo está sendo conduzido com o Ministério de Minas e Energia e o Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica).
Até hoje, só as fábricas de geladeiras residenciais são obrigadas a se adequar ao padrão de redução de consumo de energia para os equipamentos. Seria inédito levar o modelo para a categoria comercial, segundo Danielle Assafin, coordenadora do PBE (Programa Brasileiro de Etiquetagem) do Inmetro. Neste momento, estão sendo feitos os estudos iniciais para a definição das regras.
"É um trabalho embrionário, mas era uma demanda antiga da sociedade que o governo começasse a vislumbrar formas de estimular a refrigeração comercial de maneira eficiente", diz.
As mudanças chegam no momento em que o país atravessa uma crise energética, mas já vinham sendo discutidas há anos. As regras para o mercado residencial divulgadas nesta quarta determinam que, até julho de 2022, a indústria adote subclasses nas etiquetas de consumo energético, com uma gradação mais detalhada, em três patamares.
Os produtos A+++ equivalem uma eficiência de até 30% mais em relação ao atual A. O A++ representa 20% a menos no consumo e o A+ vai oferecer economia de 10%.
A etiqueta coordenada pelo Inmetro, além de mostrar o consumo de energia dos eletrodomésticos, também os classifica em categorias. Já o selo Procel, que pode acompanhar a etiqueta, é gerido pela Eletrobras e indica os produtos mais eficientes.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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