Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Shoppings criticam proposta de passaporte da vacina em São Paulo
Ideia foi lançada pelo prefeito na segunda (23); restaurantes e bares também reclamaram
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A ideia lançada na segunda-feira (23) pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), de exigir um comprovante de vacina para entrar em alguns estabelecimentos de São Paulo, incomodou as empresas donas de shoppings centers, que se manifestaram nesta quarta (25). Restaurantes e bares também se queixam.
A Abrasce (associação do setor) disse que a exigência de um comprovante de imunização para a plateia dos teatros dos shoppings é extemporânea e vai aumentar custos.
"No momento em que os shoppings começam a retomar o movimento, as vendas e os empregos, a prefeitura de São Paulo passar a dificultar o acesso é complicado para o setor”, diz Glauco Humai, presidente da entidade, que reclama da falta de diálogo prévio com o setor.
Segundo ele, os estabelecimentos já investiram milhões em protocolos sanitários, e para aplicar as novas exigências seria necessário contratar mais pessoas e sistemas de controle.
Na segunda (23), o prefeito anunciou que a medida começaria valer dia 30, e o secretário da Saúde, Edson Aparecido, afirmou ao Agora que o aplicativo para fazer o controle na porta dos estabelecimentos seria lançado até sexta (27).
Procurada pelo Painel S.A., a prefeitura diz que está definindo protocolos e que estuda exigir comprovante de vacinação para entrar em grandes eventos, como feiras, congressos e espetáculos. A regra deve ser facultativa em locais com fluxo e permanência eventual de pessoas, como bares, restaurantes e centros comerciais.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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