Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Guerra na Ucrânia

Pesquisas sobre ataque da Rússia à Ucrânia saltam no Google e no YouTube

Buscas por Otan subiram 570% na comparação com dia anterior, segundo plataforma

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São Paulo

O ataque da Rússia à Ucrânia nesta quinta-feira (24) turbinou as pesquisas sobre o assunto na internet.

Nas últimas 24 horas, as consultas sobre a Otan (aliança militar ocidental) saltaram 570% em comparação com igual período anterior, segundo o Google.

Segundo guardas da fronteira ucraniana, a Rússia começou o ataque com mísseis e helicópteros. Na imagem, bombeiros tentam apagar incêndio em um prédio bombardeado em Chuguiv, próxima a Kharkiv, no leste da Ucrânia. AFP/ Aris Messinis

Atenção a galeria a seguir contem imagens fortes. Folhapress/

Kiev disse ter matado ao menos 50 soldados russos, o que Moscou nega, e derrubado cinco aviões e um helicóptero o Kremlin admite apenas um caça perdido, num erro de pilotagem. Na imagem, socorristas trabalham após a queda de uma aeronave de transporte Antonov, das Forças Armadas Ucranianas.. Reuters/

Após quatro meses de crise com o Ocidente, a Rússia decidiu atacar a Ucrânia nesta quinta-feira (24). Na imagem, oficiais se preparam para repelir um ataque na região de Luhansk. AFP/Anatolii Stepanov

É a mais grave crise militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, e a maior operação do gênero desde que os Estados Unidos invadiram o Iraque, em 2003. Na imagem, veículos militares ucranianos passam pela praça da Independência, em Kiev, capital do país. AFP/Daniel Leal

No fim da tarde, o comando militar das repúblicas rebeldes disse que 70 alvos militares haviam sido atingidos, além de 11 pistas de pouso, 1 base naval e 3 centros de controle. Na imagem, tanques ucranianos se dirigem à cidade de Mariupol, às margens do mar Negro. Reuters/Carlos Barria

A Polícia da Ucrânia disse nesta quinta-feira (24) que a Rússia já realizou 203 ataques desde o início do dia, com conflitos em andamento quase em todo o território. Na imagem, um homem cobre o corpo de uma pessoa falecida com um tapete, em Chuguiv, no leste da Ucrânia. AFP/Aris Messinis

Não há estimativa de mortos, mas estão na casa das dezenas ou centenas. AFP/Sergei Supinky

Apesar de informações apontarem que a Rússia direcionou ataques somente a alvos militares e à infraestrutura ucraniana, existem registros, como o abaixo, de impacto contra civis. Na imagem, a carcaça de um míssil atravessa um apartamento nos arredores de Kharkiv, no leste do país. AFP/Sergey Bobok

Em outro registro, um homem senta-se ao lado de um prédio destruído por bombardeios em Chuguiv, perto de Kharkiv. AFP/ Aris Messinis

Explosões são ouvidas em diversos pontos do país. AFP/ Aris Messinis

Conforme saíram as primeiras notícias do ataque russo, moradores de Kiev congestionaram rodovias para fugir da capital ucraniana. Reuters/Reuters TV

Países vizinhos já se preparam para receber refugiados, que devem se espalhar pela Europa nos próximos dias. Na imagem, fugitivos embarcam em um trem na cidade separatista de Makevka, perto de Donetsk. Reuters/Alexander Eemochenko

A Polônia está implantando pontos de recepção em sua fronteira, enquanto Hungria e Eslováquia planejam enviar tropas para lidar com o fluxo.. Reuters/Carlos Barria

Hospitais poloneses também organizavam leitos para receber feridos, segundo o ministério da Saúde do país.. Reuters/Bryen Woolston

Estações de trem em Kiev ficaram lotadas após o tocar das sirenes de bombardeio e os relatos de ataque. O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, afirmou que cidadãos ucranianos com família ou amigos residentes em território luso também serão bem-vindos ao país. AFP/Daniel Leal

Em desespero, ucranianos também correram para os bancos e caixas eletrônicos para sacar seu dinheiro. Na imagem, uma fila em Kiev, capital ucraniana. O banco central do país suspendeu saques em moeda estrangeira e limitou a quantidade de moeda local que as pessoas podem retirar. AFP/Daniel Leal

Além de dinheiro, pessoas faziam fila para tentar conseguir água e comida em Kiev e outras cidades após o ataque. Na imagem, duas pessoas se abraçam em uma estação de metrô, na capital da Ucrânia. AFP/Daniel Leal

O conflito, entretanto, não é recente. Desde 2014, o país vive uma guerra civil entre Kiev e separatistas do leste, que, mesmo intercalada por acordos de cessar-fogo, perdura e tem raízes profundas na história da região. A imagem é dos arredores do aeroporto militar de Chuguyev, próximo a Kharkiv. AFP/Aris Messinis

Na noite do dia 23, a Ucrânia decretou estado de emergência, mas as regiões rebeldes do leste já viviam sob a medida desde 2014. Na imagem, um sentinela ucraniano vigia a linha de separatistas apoiados pela Rússia em Schastia, próxima de Luhansk. AFP/Anatoli Stepanov

Uma mulher segura uma cruz contra o rosto enquanto reza na Praça de Independência, em Kiev, na manhã desta quinta (24). Sirenes alertando um possível bombardeio tocavam pelas ruas de Kiev. AFP/Daniel Leal

Fumaça preta sobe de um aeroporto militar em Chuguyev, perto de Kharkiv, na Ucrânia. AFP/ Aris Messinis

O interesse pela organização bateu recorde neste mês no Brasil. Algumas das principais perguntas foram: "o que é a Otan?", "por que o Brasil não faz parte da Otan?", "quais países fazem parte da Otan?" e "por que a Ucrânia quer entrar na Otan?".

Os termos Ucrânia e Rússia também estão entre as principais buscas da plataforma no país.

No YouTube, o assunto também movimentou as pesquisas por vídeos. As buscas pelos nomes dos dois países, além de "guerra" e "Putin" atingiram o valor 100 nesta madrugada, que representa o pico de popularidade, segundo as medições do Google Trends.

Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco

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