Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Salim Mattar, fundador da Localiza, exalta golpe militar nas redes sociais

Empresário chamou episódio de movimento de 1964, que, segundo ele salvou país do comunismo

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São Paulo

O empresário Salim Mattar, fundador da Localiza, exaltou o golpe militar de 1964 nas redes sociais nesta quinta-feira (31), data em que a ditadura completou 58 anos.

"Graças ao ‘Movimento de 31 de março de 1964’ hoje não somos um país comunista. Sou testemunha ocular daquele grave momento em que o Brasil poderia ter ido para o caminho errado com os comunistas no poder", escreveu o empresário, que costuma se manifestar com frequência nas redes sociais.

Alinhado ao presidente, Mattar apoiou a campanha de Bolsonaro em 2018 e foi secretário de Desestatização do governo.

Bolsonaro também defendeu a ditadura em uma cerimônia no Palácio do Planalto nesta quinta.

João Goulart: diante do avanço dos militares a partir de 31.mar, Jango praticamente não ofereceu resistência. No dia 1º.abr, o presidente viajou do Rio para Brasília e depois para Porto Alegre. Exilou-se no Uruguai no dia 4. Palácio do Planalto/Divulgação/

Leonel Brizola: o deputado federal e cunhado de Jango se reuniu com ele em Porto Alegre em 2.abr e propôs organizar resistência ao golpe, mas Jango preferiu evitar conflitos. Também se exilou no Uruguai. Reprodução/

Darcy Ribeiro: chefe do Gabinete Civil de Jango, o antropólogo (de terno) tentou organizar resistência ao golpe, mas falhou. Teve os direitos políticos suspensos pelo AI-1 e se exilou no Uruguai. Acervo UH/Folhapress/

Castello Branco: articulador da queda de Jango, o então chefe do Estado-Maior do Exército foi eleito presidente pelo Congresso em 11.abr.64, tomando posse em 15.abr (na foto). Governou até mar.67. Acervo UH/Folhapress/

Costa e Silva: outro articulador do golpe, tornou-se ministro do Exército após a posse de Castello Branco. Em 1967, assumiu a Presidência. Palácio do Planalto/Divulgação/

Olympio Mourão Filho: em 31.mar, o general liderou tropas de Juiz de Fora (MG) para o Rio, ação que culminou na queda de Jango. Depois do golpe, porém, teve atuação discreta. Em set.64, foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Militar, onde ficou até se aposentar, em 1969. Acervo UH/Folhapress/

Amaury Kruel: o comandante do 2º Exército, em SP, ligou ao presidente em 31.mar pedindo que rompesse com a esquerda. Jango não aceitou, e Kruel (nesta foto de 1963 com o governador paulista Adhemar de Barros) aderiu ao golpe. Acervo UH/Folhapress/

Carlos Lacerda: filiado à UDN, maior partido conservador, o governador da Guanabara se destacou como um dos principais articuladores civis do golpe. Memorial da Democracia/Divulgação/

Ranieri Mazzilli: presidente da Câmara, assumiu interinamente a Presidência em 2.abr. As decisões, porém, eram do Comando Supremo da Revolução, formado por três militares, entre eles Costa e Silva. Transmitiu o cargo a Castello Branco em 15.abr. Palácio do Planalto/Divulgação/

Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco

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