Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Maiores doadores da eleição, Ometto e Grendene não voltam a irrigar campanhas no 2° turno
Empresários aparecem no topo da lista de recursos com mais de R$ 15 milhões juntos
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Os empresários Rubens Ometto, presidente do conselho de administração da Cosan, e Alexandre Grendene, presidente do conselho de administração da Grendene, que são os dois maiores doadores de campanha nas eleições deste ano, concentraram seus recursos no 1° turno.
Pelos dados divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até esta quinta (27), nenhum dos dois voltou a injetar dinheiro na corrida entre Lula e Bolsonaro ou nos pleitos estaduais.
Dentre os R$ 8,9 milhões doados, Ometto priorizou a direção nacional do Republicanos com R$ 3 milhões e a direção nacional do PSD, com R$ 2 milhões. Para o PP ele ofereceu R$ 1,5 milhão. Ometto também escolheu a campanha de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para doar R$ 200 mil, Tereza Cristina (PP), com R$ 100 mil, e Ricardo Salles (PL), que recebeu R$ 50 mil, entre outros.
Já Alexandre Grendene doou R$ 6,4 milhões distribuídos nas campanhas de nomes como Roberto Argenta (PSC), candidato derrotado ao governo do Rio Grande do Sul que recebeu R$ 1,9 milhão, Camilo Santana (PT-CE) com R$ 1 milhão e Bolsonaro com R$ 1 milhão.
Em nota, a Cosan disse que as doações feitas por Rubens Ometto são "realizadas em caráter pessoal e seguem as regras estabelecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral e demais normas aplicáveis". A Grendene afirmou que é uma "empresa de capital aberto e não comenta decisões pessoais de seus acionistas".
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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