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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Bolsonaristas convocam boicote ao posto Ipiranga após apoio de empresário a Lula

Movimento ocorre depois que Pedro Wongtschowski, presidente do conselho do grupo Ultra, declarou voto no 13

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São Paulo

O Posto Ipiranga virou alvo de boicote de bolsonaristas nas redes sociais.

O movimento parece surpreendente porque, ainda em 2018, Bolsonaro apelidou Paulo Guedes de Posto Ipiranga, por supostamente ter todas as respostas da agenda econômica concentradas no ministro. Era uma referência à campanha publicitária da rede de combustíveis, que divulgava uma vasta oferta de serviços, desde o banco até a lanchonete.

Imagem mostra posto da rede Ipiranga durante a noite.
Posto da rede Ipiranga na avenida Pereira Leite, na região oeste da capital paulista - Gabriel Cabral - 5.abr.19/Folhapress

Nos últimos dias, porém, passou a circular nas redes sociais uma convocação de boicote ao posto Ipiranga por novas razões políticas.

O motivo foi o apoio de Pedro Wongtschowski, presidente do conselho de administração do grupo Ultra, a Lula no 2º turno. O empresário apoiou Simone Tebet (MDB) no 1º turno e foi um dos maiores entusiastas da terceira via. Há pouco mais de uma semana, Wongtschowski aderiu a um grupo de pessoas que gravaram vídeos, divulgados nos canais de Tebet no YouTube, para detalhar publicamente suas escolhas para o dia 30 de outubro.

"Votei na Simone Tebet com muita convicção no 1º turno. E no 2º turno votarei 13. Voto por um imperativo civilizatório. Voto para ter o direito, nos próximos quatro anos, de discordar. E a discordância é essencial para a manutenção do regime democrático e para o progresso do país", disse o empresário no vídeo.

O texto do boicote bolsonarista que agora circula no WhatsApp diz que o Grupo Ultra, proprietário da rede de postos Ipiranga, declarou voto ao Lula, e por isso convoca os apoiadores de Bolsonaro a darem uma "resposta a eles".

Em nota, a companhia afirma que é apartidária. "A Ipiranga reforça que é apartidária e que a marca não se manifesta sobre política em qualquer espectro partidário. A empresa reforça que trabalha pelo desenvolvimento ético e competitivo do mercado brasileiro de distribuição de combustíveis", diz o comunicado.

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

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