Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Empresa de Elon Musk não participa de licitação
Concorrentes afirmaram que edital estava direcionado para operadora de satélite do bilionário, dono do Twitter
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
A Starlink, empresa de satélite do bilionário Elon Musk, o dono do Twitter, não participou do chamamento público para a conexão de escolas distantes. O edital, da RNP (Rede Nacional de Pesquisa e Ensino) foi feito em conjunto com o Ministério das Comunicações.
Segundo a pasta, a empresa já tinha sinalizado que não conseguiria participar de qualquer tipo de certame antes de março de 2023 e, por isso, não se habilitou.
Como noticiou o Painel S.A., as empresas do ramo disseram que as regras do edital foram direcionadas para a Starlink.
Isso porque, segundo elas, as velocidades de conexão exigidas no edital para as conexões eram elevadas demais para que qualquer uma atuasse, sem cobrar a mais –o que a retiraria do jogo.
Ao final, apresentaram-se para a disputa a americana Hughes e a Viasat, que já opera no país em parceria com a Telebras no projeto Wifi Brasil.
As velocidades prometidas, no entanto, foram a mínima desejada –40 Mbps (megabits por segundo). O governo pretendia que se chegasse a 120 Mbps.
Ainda não se sabe quanto as proponentes cobrarão para conectar escolas, especialmente na Amazônia, com essa velocidade.
À coluna, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, negou veementemente qualquer favorecimento para a Starlink. Disse que a ideia do edital era forçar as empresas a entregarem conexões mais rápidas e de melhor qualidade do que aquelas já existentes no mercado.
Segundo ele, abaixo de 40 Mbps de conexão, já há oferta nas escolas.
Julio Wiziack (interino) com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters