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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Presidente de entidade farmacêutica se demite após pressão sobre irmão na Anvisa

Executivo assumiu comando da ProGenéricos há pouco mais de um mês

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São Paulo

A PróGenéricos, associação que reúne algumas das maiores fabricantes de genéricos do país, como Neo Química, Cimed, EMS e Eurofarma, vai trocar seu presidente, que assumiu no mês passado.

Thiago Meirelles, presidente-executivo da associação, decidiu renunciar. A saída acontece após uma forte onda de críticas por seu parentesco com Daniel Meirelles, seu irmão, que é diretor na Anvisa.

O laço familiar entre o comando da PróGenéricos e uma das diretorias da agência reguladora gerou pressão dentro e fora da Anvisa com questionamentos sobre potencial conflito de interesses.

Nas últimas semanas, servidores do órgão divulgaram manifesto para reclamar do parentesco.

O assunto também foi parar no debate sobre a autonomia das agências reguladoras, um tema relevante para as empresas do setor, que vêm tentando combater a emenda apresentada neste mês pelo deputado federal Danilo Forte (União-CE) à medida provisória 1.154, dizendo que ela pode prejudicar a independência das agências reguladoras. O parlamentar reagiu citando o caso dos irmãos como argumento para defender sua proposta de supervisão externa para as agências.

Nesta segunda (20), Thiago Meirelles enviou carta ao conselho da PróGenéricos pedindo renúncia do cargo. "A melhor decisão no momento é abrir mão do cargo de presidente-executivo da PróGenéricos para preservar a associação, as empresas associadas e a minha própria reputação profissional", disse em nota. Também afirma que "em 18 anos de vida pública e profissional nunca teve qualquer situação que desabonasse seu trabalho ou sua conduta".

Thiago Meirelles, presidente da PróGenéricos, que renunciou nesta segunda-feira (20) - Divulgação

Joana Cunha com Fernanda Brigatti

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