Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Infertilidade do brasileiro já responde por 1,7% da receita global de farmacêuticas
Onda dos medicamentos cresce com aumento de distúrbios hormonais
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A infertilidade se tornou um negócio vitaminado no Brasil. O país hoje representa 1,7% das vendas globais dos principais laboratórios e deve passar para 4,2% em sete anos.
Relatório da IVF Brazil, consultoria especializada em reprodução assistida, mostra que, no mundo, as receitas com a venda de medicamentos contra a infertilidade devem passar dos atuais US$ 35,5 bilhões para US$ 50,1 bilhões, em 2030.
A expectativa é que as vendas no país cheguem a US$ 2,2 bilhões até lá. Hoje, movimentam US$ 500 milhões, segundo a IVF.
Abbott, Bayer, Novartis, Merck, Pfizer, Sanofi, entre outras, comercializam drogas para tentar combater os problemas causados pelo aumento de distúrbios hormonais na população de todas as faixas etárias.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) afirma que, nesse momento, uma em cada seis pessoas do mundo sofrem com a infertilidade.
Medicamentos para infertilidade são formulados para regular níveis hormonais —como estimular a ovulação ou melhorar a produção e qualidade dos espermatozóides
"As mudanças no estilo de vida, o adiamento da maternidade por conta da carreira profissional feminina e questões ambientais são fatores que estão aumentando a incidência da infertilidade no Brasil e impulsionando o crescimento da indústria de medicamentos para fertilidade", diz Fernando Prado, diretor da Neo Vita, clínica especializada em reprodução assistida.
Com Diego Felix
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