Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Peña encontra Tarcísio e mira parceria por infraestrutura do Paraguai
Presidente eleito quer que empreiteiras paulistas participem da obra da rodovia Bioceânica
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O presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña, disse ao governador Tarcísio Freitas que é melhor se acostumar à presença de "gente do governo paraguaio" em São Paulo.
O encontro, ocorrido no Palácio dos Bandeirantes nesta quarta (26), contou ainda com a presença de três futuros ministros de Peña: Fernández Valdovinos, ex-presidente do Banco Central paraguaio e futuro ministro da Fazenda; o embaixador Rubem Ramírez (chanceler); e Javier García de Zúñiga (Indústria e Comércio).
Em sua apresentação, Peña destacou a importância de São Paulo como principal polo industrial da América Latina.
O mandatário eleito vem circulando entre o empresariado paulista em busca de investimentos. No entanto, fez questão de deixar claro ao governador Tarcísio que não pretende tomar investimentos do estado.
Com incentivos fiscais e trabalhistas, o país vizinho vem atraindo companhias brasileiras há cerca de uma década.
Em média, os brasileiros abriram sete de cada 10 indústrias no Paraguai até 2018. Seu plano é criar uma nova onda, atraindo novas empresas brasileiras.
Atualmente, o Brasil é o principal parceiro comercial. Diversas varejistas já substituíram importações da China por artigos "made in Paraguai".
Segundo relatos, Peña mencionou que pretende atrair investidores da Ásia.
Seu plano é usar os recursos da venda de energia de Itaipu para custear parte de seus projetos.
Em fevereiro deste ano, o Paraguai quitou as últimas parcelas da dívida contraída para a construção da hidrelétrica. Agora, o país fica com toda a energia produzida excedente liberada para que seja vendida ao Brasil.
A principal obra a ser custeada com esse dinheiro será a rodovia Bioceânica, cujo traçado atravessa o chaco paraguaio até o Chile.
Uma das ideias é que a rodovia seja feita pelas empreiteiras que hoje constroem a terceira ponte entre Brasil e Paraguai.
Duas das construtoras são paulistas. À época do projeto, que contou com a participação do governo federal, Tarcísio era ministro da Infraestrutura.
Os detalhes do plano econômico de Santiago Peña foram discutidos em uma entrevista gravada pelo Canal Livre, do Grupo Bandeirantes, que será exibida neste domingo a partir das 23h30.
Com Diego Felix
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