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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Cade ameaça Bunge e Viterra com processo caso não peçam aval para fusão

Superintendência-Geral enviou comunicado cobrando notificação; negócio de US$ 18 bilhões foi anunciado nos EUA

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Brasília

A Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) enviará um alerta para Bunge e Viterra, nesta segunda (7), para que peçam autorização do órgão brasileiro para a fusão.

A operação de US$ 18 bilhões já foi anunciada nos EUA e, até agora, não foi notificada ao antitruste do Brasil, um dos maiores mercados das duas gigantes do trading (comercialização internacional) de grãos.

Logotipo da Bunge - Dado Ruvic/REUTERS

Caso não apresentem a solicitação, as duas empresas correrão o risco de serem automaticamente processadas por gun jumping, jargão em inglês que define a efetivação do negócio sem aval da autoridade.

O prazo para esse procedimento será definido pela primeira aprovação da fusão, que deve ocorrer nos EUA, segundo a avaliação da superintendência do Cade, conhecida como SG.

O chefe do órgão, Alexandre Barreto, foi acionado pelo Departamento de Justiça dos EUA em busca de informações sobre o impacto da junção das duas gigantes no Brasil, um dos maiores exportadores de commodities do mundo.

Na avaliação da SG, ao não informar a operação em um dos mercados mais relevantes do mundo, as duas empresas podem estar em busca de "ferramentas de pressão" —aprovação de antitrustes de países menos afetados para constranger o Cade caso haja necessidade de impor restrições ou até o veto à junção das empresas no Brasil.

Com Diego Felix

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