Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Genoino defende boicote a empresas de judeus
Como sanção à guerra na Palestina, ex-presidente do PT quer ainda que país rompa relações comerciais com Israel em defesa e segurança
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Ex-deputado e ex-presidente do PT, José Genoino defendeu o boicote a empresas de judeus pelo Brasil. As declarações foram dadas durante sua participação no Sabadão do DCM, um programa do site digital político de esquerda Diário do Centro do Mundo.
"É interessante essa ideia do boicote por motivos políticos que ferem interesses econômicos. Inclusive tem esse boicote em relação a determinadas empresas de judeus", disse Genoino.
"Inclusive, eu acho que o Brasil deveria cortar relações comerciais na área de segurança e defesa com o estado de Israel."
A coluna tentou, sem sucesso, contato com o ex-deputado.
O posicionamento de Genoino foi uma resposta ao que ele acha do apoio dado no início deste ano pelo presidente Lula à denúncia apresentada pela África do Sul à Corte Internacional de Justiça por suposto genocídio por Israel de genocídio praticado na guerra contra o Hamas, na Palestina. Israel refuta as alegações da África do Sul.
Em nota, a Conib (Confederação Israelita do Brasil) disse que repudia veementemente as declarações de Genoíno.
"É uma fala antissemita, e o antissemitismo é crime no Brasil", disse a entidade, que pede moderação ao governo em relação ao conflito.
"O boicote a judeus foi uma das primeiras medidas adotadas pelo regime nazista contra a comunidade judaica alemã, que culminou no Holocausto. A Conib mais uma vez apela às lideranças políticas brasileiras que atuem com moderação e equilíbrio diante do trágico conflito no Oriente Médio, pois suas falas extremadas e em desacordo com a tradição da política externa brasileira podem importar as tensões daquela região ao nosso país."
Com Diego Felix
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