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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Cota de US$ 50 para imposto sobre importados afastou consumidor, diz AliExpress

Pesquisa encomendada por gigante chinês das vendas mostra que 66% dos consumidores deixaram de comprar na hora de incidência de imposto de importação

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São Paulo

Quase sete em dez consumidores desistiram de suas compras nas últimas semanas porque não quiseram pagar impostos sobre importados acima da cota de US$ 50 imposta pelo programa Remessa Conforme. A maior parte deles pertence às classes C,D e E.

Segundo levantamento da consultoria Plano CDE a pedido do Grupo Alibaba, gigante chinês que controla o AliExpress, 66% não efetivaram suas compras após incidência da taxação e 75% se opõem ao aumento de impostos nas plataformas de ecommerce internacional.

Shopee, Shein e AliExpress são as principais plataformas de ecommerce do mundo - Divulgação

Ainda de acordo com a pesquisa, 87% dos entrevistados acreditam que o mais correto seria reduzir taxações de produtos nacionais ao invés de aumentar o imposto dos importados.

A pesquisa chega em um momento no qual varejistas e fornecedores brasileiros pressionam o governo federal a derrubar a isenção de impostos para produtos até US$ 50.

Nesta semana, 48 entidades dos setores do varejo e da indústria enviaram documento ao ministro Fernando Haddad (Fazenda) reclamando de uma "injustificável" demora do governo em analisar o retorno do imposto.

Elas pedem a taxação completa das compras internacionais e afirmam que estão operando em condições de concorrência desleal.

Para o AliExpress, nos três meses anteriores à pesquisa (setembro a novembro de 2023), 94% dos entrevistados haviam realizado compras online, sendo que 44%% deles fizeram transações em plataformas estrangeiras.

Os consumidores também relataram que recorrem às plataformas asiáticas atrás de preços mais atrativos ou indisponibilidade de produtos no mercado nacional, principalmente eletrônicos e roupas.

A Plano CDE entrevistou 2.535 pessoas entre os dias 23 de dezembro e 09 de janeiro.

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