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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Lula deve pedir que BB reveja restrição à indústria bélica nacional

Presidente quer que bancos públicos ofereçam garantias para exportações para evitar quebradeira no setor

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Brasília

O presidente Lula deve interferir em uma situação que, se levada adiante, levará à quebradeira as indústrias de defesa no país.

Para isso, o Planalto entrará em campo para que o Banco do Brasil reveja o fim da política de oferta de garantias às exportações do setor.

O presidente Lula durante evento na fábrica da Volkswagen - Carla Carniel - 02.fev.24/Reuters

A Caixa Econômica Federal também será acionada, segundo assessores que participam dessas negociações.

Como noticiou o Painel S.A., o Banco do Brasil, única instituição que ainda oferecia garantias para as exportações, mudou sua política e fechou as portas para o setor.

Assessores do presidente, no entanto, afirmam que haverá um comando do Planalto para que o BB reveja essa posição, já que as empresas nacionais respondem por US$ 1,2 bilhão em vendas externas.

Como praticamente inexiste mercado interno, não há outra saída para o setor.

Há duas semanas, o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, se reuniu com a presidente do BB, Tarciana Medeiros, para tratar do assunto. Saiu de lá com a promessa de que o banco ajudaria a estruturar uma linha específica dentro do Proex (Programa de Financiamento às Exportações).

No entanto, o programa financia as empresas e não as vendas, como ocorre no setor de defesa. Em cada negociação, as empresas precisam garantir ao país comprador que as mercadorias serão entregues.

Para isso, precisam contratar no mercado financeiro seguros (garantias) de, em média, 30% do valor do contrato. Sem isso, não há venda.

Se algo der errado, o importador executa a garantia e esse valor se torna um ressarcimento.

Técnicos do BNDES, que administra o Proex, avaliam ser praticamente impossível criar garantias dentro do programa e já avisaram a Defesa sobre essa dificuldade.

O setor de armamentos de guerra emprega 2,9 milhões de trabalhadores, a maioria de engenheiros e técnicos altamente visados pela indústria bélica de outros países.

Com Diego Felix

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