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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Descrição de chapéu companhia aérea

Voa Brasil decola com versão light, enquanto aéreas discutem socorro

Ministro deve lançar programa de passagens a R$ 200 somente para aposentados e estudantes

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Brasília

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), conseguiu empacotar uma versão desidratada do Voa Brasil, programa que concede passagens a R$ 200, mas, nos bastidores, continua a pressão das companhias por acesso a linhas de crédito.

Inicialmente, elas concordaram em reservar assentos por esse preço em dias da semana, com exceção do período de férias —junho, julho e dezembro. Somente aposentados do INSS e estudantes do Prouni terão acesso.

Movimentação de aeronaves no aeroporto de Congonhas, em São Paulo - Bruno Santos - 15.mar.24/Folhapress

O ministro faria o anúncio nesta quarta (17), mas o evento foi adiado porque o presidente Lula está em viagem.

As barreiras para implementar um programa amplo são diversas. Primeiro, as aéreas querem vincular mais assentos a um socorro financeiro de cerca de R$ 6 bilhões —R$ 2 bilhões para cada.

Mas a equipe econômica não quer destinar esse recurso para as empresas. Prefere deixá-lo no Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) para efeito de cumprimento da meta de déficit zero neste ano.

As companhias aéreas vinham discutindo com os ministérios de Portos e Aeroportos, Fazenda e o BNDES a destinação de parte dos recursos hoje empoçados no Fnac para um outro fundo, que lastrearia linhas de crédito via BNDES.

Em meio às conversas surgiu outro empecilho. A Gol, que está em recuperação judicial, não teria condições para apresentar garantias necessárias a essas possíveis linhas de crédito.

Os técnicos envolvidos nas discussões avaliam que isso seria um risco jurídico para o programa.

Pelo lado das companhias, há ainda outro problema. Por mais que estejam dispostas a atender ao governo, a situação da Gol restringiu ainda mais a oferta de assentos em voos —pressionando os preços das passagens para cima.

Se tiverem de reservar ainda mais assentos para atender ao programa, o consumidor terá ainda de subsidiar via aumento adicional nas passagens —algo que o governo também quer evitar.

Com Diego Felix

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