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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Descrição de chapéu Pix

Governo barra aumento de 138% das tarifas da Visa

Senacon aceita pedido da Proteste e suspende reajuste de taxas do cartão de crédito; Visa diz que medida visa conter risco de inadimplência

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São Paulo

A Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) determinou que a Visa não reajuste as tarifas de cartões de crédito para quem usa carteiras digitais, algo previsto para julho.

A medida foi tomada após reclamação da Proteste Euroconsumers-Brasil, que afirmou ter tomado conhecimento do aumento das tarifas pelo Boletim Visa Business News.

A Visa pretendia reajustar as tarifas para cobrir custos de risco e aumento na inadimplência - Dado Ruvic/Reuters

Publicado em abril, a Proteste informa que o documento indica um aumento nas tarifas de até 138% com cartão de crédito para quem faz pagamentos de boletos ou Pix via carteiras digitais no Brasil.

No caso da tarifa de intercâmbio para uso dos cartões Standart e Gold, as tarifas sairiam de 1,69% (operações à vista) para até 5,6% em parcelamentos de 7 a 12 meses. Nos cartões Premium, elas oscilariam entre 1,99% e 5,62%.

"É um ataque direto à concorrência, uma vez que o aumento substancial do custo de transação para as carteiras digitais restringe sua capacidade de competir com as demais instituições de pagamento e, sobretudo, com as instituições financeiras que passariam a ter vantagem competitiva indevida, especialmente na modalidade do parcelado por intermédio do cartão de crédito", afirma a Proteste.

À Senacon a Visa disse que não se tratava de uma relação direta com o consumidor, mas com as empresas de pagamento credenciadas. Disse, porém, que o motivo do aumento é o risco de inadimplência dos clientes que utilizam carteiras digitais.

Diante das respostas da Visa, a Senacon acolheu o pedido da Proteste e suspendeu o aumento nas tarifas até que a Visa forneça mais justificativas sobre o aumento nas tarifas. Caso a companhia não siga o que foi estabelecido, receberá multa diária de R$ 50 mil.

Em nota, a Visa afirma que a alteração da tarifa chamada "Client-to-Client" para transações domésticas de abastecimento de contas com produtos de crédito foi promovida para atualizar o equilíbrio econômico entre os participantes de seu arranjo de transferências.

"É importante ressaltar que essa tarifa é paga pelas instituições recebedoras de fundos para os emissores e não para a Visa, refletindo a responsabilidade na aprovação de transações e o gerenciamento de disputas", disse.

A companhia informou que está colaborando com a Senacon e enviará as informações solicitadas.

Com Diego Felix

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