Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Infraestrutura abre apetite de investidor e reduz pressão no BNDES
Com garantia firma do banco, grupo EPR consegue lançar debêntures no mercado para financiar rodovias sob sua concessão
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O BNDES apoiou oferta de emissão de R$ 1,3 bilhão de debêntures incentivadas para a concessão do complexo rodoviário Triângulo Mineiro. É a primeira operação do gênero voltada para rodovias.
A oferta pública a mercado foi distribuída pela EPR Triângulo, empresa do Grupo EPR, joint-venture do grupo Equipav e da gestora de recursos Perfin Infra. O BNDES participou do sindicato de bancos coordenadores, liderado pelo Bradesco BBI e que contou também com a participação do Santander.
"O BNDES atuou de forma complementar aos investidores privados e aos demais bancos coordenadores, reduzindo a sua participação frente ao seu compromisso inicial de garantia firme de colocação de R$ 525 milhões para aproximadamente R$ 187 milhões", afirmou Aloizio Mercadante, presidente do BNDES. "É uma prova de que Brasil voltou a investir em infraestrutura no governo do presidente Lula."
Segundo Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e Relações Institucionais, Nelson Barbosa, a garantia firme dada pelo BNDES foi um importante fator de atração de investidores.
"O projeto vai ser viabilizado e ainda vamos poder usar os recursos não aportados nesta emissão para apoiar outros projetos", disse Barbosa.
Responsável por cinco concessionárias de rodovias em Minas Gerais e Paraná, o Grupo EPR tem investimentos relevantes concluídos e a concluir.
"Na EPR Triângulo, temos um contrato moderno e alinhado com as melhores práticas do setor, o que nos permite atuar pelo desenvolvimento regional e a transformação das rodovias sob concessão. O BNDES é um parceiro fundamental nesta estratégia", disse o diretor presidente do Grupo EPR, José Carlos Cassaniga.
A concessão da malha rodoviária financiada, que compreende trechos rodoviários no Triângulo Mineiro e respectivas faixas marginais, foi estruturada pelo BNDES, por solicitação do governo mineiro, e leiloada em agosto de 2022.
Iniciada em fevereiro de 2023, a concessão terá a duração de 30 anos. Estão previstos investimentos totais na ordem de R$ 5,9 bilhões, até o fim da concessão.
O valor de R$ 1,3 bilhão obtido pela emissão de debêntures incentivadas financiará o primeiro ciclo de investimento da Concessão do Sistema Rodoviário Lote 1 – Triângulo Mineiro, que totaliza R$ 2,1 bilhões, a serem investidos até 2031.
O projeto tem potencial de geração de mais de 880 empregos diretos e indiretos.
A concessão consiste em 9 rodovias que somam 627,4 km em Minas Gerais, que passam por 16 municípios: Água Comprida, Araguari, Araxá, Conceição das Alagoas, Estrela do Sul, Indianópolis, Iraí de Minas, Monte Carmelo, Nova Ponte, Patrocínio, Perdizes, Planura, Romaria, Santa Juliana, Uberaba e Uberlândia.
Com Diego Felix
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