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Fundo apoia projetos de acesso a água no país

Iniciativa pioneira do Catalyst 2030 Brasil cria mecanismos para acelerar colaboração e adoção dos ODSs

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São Paulo (SP)

Segundo a pesquisa People’s Report de 2021, o mundo só conseguirá atingir os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs), promovidos pela ONU, em 2082.

O Catalyst 2030 foi criado para mudar esta realidade. Lançado no Fórum Econômico Mundial em janeiro de 2020, o movimento reúne mais de 3.000 empreendedores sociais e 2.000 organizações em 124 países. No Brasil, são 123 membros comprometidos em fazer essa meta ser atingida bem mais cedo.

Fundo continuará captando recursos para apoiar projetos relacionados ao ODS 6, que foca no acesso à água potável e saneamento - Renalle Benício/Divulgação

A fim de encurtar essa estimativa surgiu a ideia de montar um fundo que pudesse financiar iniciativas colaborativas em prol dos ODSs.

Além de direcionar recursos para uma ação concreta, o fundo promove o trabalho conjunto de pessoas e organizações em torno de um mesmo ODS, canalizando esforços.

O Fundo Catalisador é uma iniciativa inédita neste movimento global. Em sua primeira edição, o ODS escolhido para fomento foi o 6 – Água potável e Saneamento. O projeto vencedor foi "Acesso à água potável para Mundurukus", que vai levar água potável para 3.000 indígenas da região do baixo Tapajós.

Reunião do grupo vencedor do primeiro desafio do fundo, relacionado ao ODS 6 - Água e Saneamento; o projeto vencedor foi o 'Acesso à água potável para Mundurukus' - Divulgação

Essa primeira edição do fundo foi realizada com o apoio da Ambev por meio de AMA. O grupo vencedor é formado pelas organizações Associação de Mulheres Wakoborun, Associação Paririp, DSEI Rio Tapajós, Projeto Saúde e Alegria e Water is Life.

Observando os resultados da edição de estreia do Fundo Catalisador, sete aprendizados se destacam como iniciativas que podem ser replicadas:

Aprendizados

  1. Quem comanda é o objetivo

    em um grupo voluntário, com diferentes experiências e agendas é importante sempre manter o objetivo em mente. Isso economiza tempo e ajusta a rota.

  2. Governança

    Estabelecer os papéis de cada membro e da hierarquia de decisão é fundamental para definir quem assumirá a responsabilidade final.

  3. Escutar e cercar-se de especialistas

    Além de eventualmente fazerem parte banca avaliadora, os especialistas ajudarão a compreender as necessidades urgentes do ODS.

  4. Envolver os financiadores

    É uma boa oportunidade para compreender diferentes pontos de vista que podem se complementar.

  5. Comunicação clara e direta

    Uma boa comunicação é a chave para o sucesso do desafio, porque os proponentes compreendem melhor o que precisa ser feito e realizam articulações.

  6. Registrar os aprendizados

    Essa é uma etapa geralmente desprezada, mas é fundamental para refletir o que deu certo e o que não deu, para aprimorar as próximas edições.

  7. Compartilhar

    Quanto mais iniciativas, melhor. E o aprendizado é distribuído. Aprendemos juntos e realizamos juntos.

Por representar uma causa estruturante, os projetos de acesso à água potável e saneamento continuarão no nosso radar. Nossa intenção é continuar captando recursos para que os projetos deste ODS atinjam resultados maduros.

Contudo, o Catalyst 2030 Brasil vai ampliar o campo de contribuição. Em sua próxima edição, o Fundo Catalisador fomentará o ODS 5 –Equidade de Gênero—, que coloca o farol em importantes questões e impacta outros ODS.

O grupo de trabalho que lidera o Fundo Catalisador está em fase de captação de recursos e articulação com outros movimentos para potencializar o impacto.

É hora de arregaçar as mangas e agir! Vamos juntos!?

Monica Pasqualin

Líder GT Fundo Catalisador do Catalyst 2030 Brasil, Membro do Conselho da Lymphoma Coalition e empreendedora de impacto há 20 anos

Zaya Namjildorj

Co Líder GT Fundo Catalisador do Catalyst 2030 Brasil, advogada, especialista em sustentabilidade, investimento social e sommelier em formação

Cristiana Ferreira Velloso

Formada em nutrição, fez pós-graduação em Empreendedorismo Social e Terceiro Setor e em Gestão de Projetos. Tem mais de 20 anos de experiência em gestão de projetos sociais.

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