Espaço de debate para temas emergentes da agenda socioambiental
Dia Mundial da Água é chamado para ação
Mais do que reflexão, data pede união de empresas, governos e agentes internacionais para preservação do recurso
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Há clara urgência em agir para a preservação e a gestão da água todos os dias, especialmente neste 22 de março, Dia Mundial da Água. A importância da proteção do recurso é tamanha que, ao menos uma vez por ano, o mundo é convidado a refletir sobre o tema.
Quase diariamente somos impactados por notícias que nos alertam sobre a escassez de água potável e a necessidade de usá-la de forma inteligente e responsável.
No último ano, pesquisas feitas pelo WWF (World Wide Fund For Nature) apontaram que 81% dos brasileiros demonstram estar muito preocupados com essa situação —percentual bem acima da média mundial, de 58%, de acordo com pesquisa realizada pela Globescan Radar Survey.
A preocupação, extremamente válida, é reforçada pelos cenários recentes de seca no Brasil, como vimos no Amazonas, e em países vizinhos, a exemplo do Uruguai. Somam-se a esse contexto chuvas cada vez mais curtas, localizadas e intensas, que geram desastres ambientais, sociais e econômicos.
A discussão desse cenário é ampla. Maior ainda deve ser a reflexão sobre nosso papel diante da escassez de água no mundo. A verdade é que, além de ser essencial à vida, o recurso é necessário para o funcionamento de empresas de grande, médio e pequeno porte.
Essas organizações precisam urgentemente incluir o uso responsável e inteligente em sua cadeia de produção. Elas também devem adotar esforços ligados à pauta ESG para reverter e conter danos a curto, médio e longo prazo.
Em outubro do ano passado, a WWF lançou publicação que avaliou em US$ 58 trilhões o real valor da água e dos ecossistemas de água doce para as pessoas e para o mundo. O número equivale a cerca de um terço do PIB mundial. Além disso, a organização convidou governos, empresas e instituições financeiras a partirem para a ação.
Diante desse cenário, se faz cada vez mais necessária a união de esforços de diferentes agentes da sociedade e o aproveitamento de tecnologias para ampliar a capacidade de conservação e de gestão desse recurso em nível global.
Hoje, já presenciamos um movimento importante de empresas que se juntaram para trazer iniciativas e frentes internacionais, com especialistas e consultorias, para compreender necessidades ambientais e desenvolver plano de ação consistente com caminhos claros para gestão e preservação da água.
Poderoso exemplo dessa união e da busca por novas soluções é o programa "Bacias e Florestas", que, há dez anos, atua em diversas regiões do país para conservar e restaurar bacias hidrográficas por meio de ações em áreas prioritárias para recarga dos mananciais.
Evolução que só é possível devido a parcerias com entidades como Ambev, WWF, The Nature Conservancy e diversos agentes locais que auxiliam na estruturação de políticas públicas, como prefeituras, comitês de bacias, agências de tratamento de água e institutos de pesquisa.
Juntas, essas iniciativas atingiram o marco de mais de 2 milhões de árvores nativas plantadas em áreas de alto estresse hídrico, o equivalente a mais de 500 árvores plantadas por dia nos últimos dez anos. O resultado de todo esse trabalho é a melhoria na qualidade e na disponibilidade da água nas regiões impactadas.
Atuando em áreas prioritárias de alto estresse hídrico, o Bacias e Florestas trabalha na restauração e na conservação de solos, florestas e vegetações nativas, além da educação ambiental. O programa apoia produtores rurais, garantindo inclusão produtiva de todos os parceiros envolvidos no projeto e gerando oportunidades econômicas, ambientais e sociais para o ecossistema.
Esse é apenas um exemplo dos projetos consistentes que saíram do campo da reflexão para a ação por meio da união de parceiros e agentes da sociedade e do compromisso com a preservação do meio ambiente.
Modelo que acreditamos ter potencial para reduzir crises relacionadas à escassez hídrica, que é percebida por todos. Esse é um alerta que vem nos acompanhando há muitos anos sobre um futuro que já chegou.
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