Centenária, Suzano investirá US$ 100 mi em educação para sustentabilidade

Ao celebrar 100 anos, gigante de papel e celulose anuncia parceria com Universidade de Cambridge e Stanford e projetos para tornar Brasil referência sustentável

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Ao completar 100 anos nesta segunda-feira (22), a Suzano anunciou investimentos de US$ 100 milhões em projetos de legado com foco em sustentabilidade.

Referência na fabricação de bioprodutos a partir do cultivo de eucalipto, a gigante brasileira de papel e celulose fechou os primeiros acordos de cooperação em pesquisa e educação no valor de US$ 30 milhões com a Universidade de Cambridge, a Escola Doerr de Sustentabilidade de Stanford e a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).

Com os projetos, a Suzano espera contribuir para a formação da próxima geração de especialistas e líderes em sustentabilidade, além de desenvolver novas ferramentas e abordagens para orientar relatórios corporativos e ações sobre a natureza.

Foto de 2018 de unidade da Suzano, em Três Lagoas (MS), em funcionamento desde 2009 para produção de celulose e papel - Divulgação/Araquém Alcântara

Outra meta é acelerar a pesquisa em conservação, biodiversidade, água e mudanças climáticas, com foco particular nos ecossistemas brasileiros.

"Acreditamos que educação, ciência, dados de alta qualidade e relatórios transparentes são armas poderosas para lutarmos contra a perda da biodiversidade, a degradação dos solos e a poluição de nossas águas e da atmosfera", afirma David Feffer, presidente do Conselho de Administração da Suzano.

"Não podemos mais postergar, o mundo deve parar e reverter a perda da natureza até 2030. Nossa ambição é impulsionar esse movimento agora, com o olhar para os próximos 100 anos."

Homem de terno em frente a tela que mostra a frase "suzano 100"
Walter Schalka, CEO da Suzano - Reprodução

Maior produtora de celulose do mundo, a Suzano se reconhece como uma "startup centenária", com investimentos superiores a R$ 50 bilhões nos últimos três anos para impulsionar a bioeconomia.

"É um momento para honrarmos e relembrarmos nossa história, mas, também, para focarmos no futuro e em tudo o que ainda podemos construir de legado para a sociedade e para o planeta", afirma o presidente da Suzano, Walter Schalka. "Essa visão é a base para sermos protagonistas na transição para uma economia mais verde."

A colaboração com Stanford e Cambridge criará novas oportunidades educacionais e de pesquisa para estudantes de pós-graduação e doutorado em áreas como conservação da biodiversidade, mudanças climáticas, gestão de recursos hídricos e sustentabilidade corporativa.

Para Bhaskar Vira, vice-reitor de Educação da Universidade de Cambridge, a parceira com a Suzano ajudará a consolidar Cambridge como líder nos estudos dos ecossistemas, biodiversidade e fatores socioeconômicos no cenário brasileiro e também desempenhará papel decisivo no desenvolvimento da próxima geração de líderes em sustentabilidade do Brasil.

Já o reitor da Stanford Doerr School of Sustainability, Arun Majumdar, ressaltou que a colaboração "cria um potencial imenso para a expansão do conhecimento e das habilidades necessárias para lidar com os desafios de sustentabilidade do planeta".

A Suzano também desenvolverá parcerias com universidades brasileiras e disponibilizará suas áreas de conservação no país para pesquisas em sustentabilidade e conservação e outras disciplinas associadas à agenda da sustentabilidade.

Além do foco educacional, a Suzano planeja estreitar laços com a IUCN, a maior rede global de organizações ambientais, com sede na Suíça. Nesta frente, a empresa apoiará o desenvolvimento de novas pesquisas, ferramentas e abordagens para ajudar o setor privado a desenvolver ações a favor da biodiversidade.

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