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Presidente nacional da Cufa, fundador do Laboratório de Inovação Social e membro da Frente Nacional Antirracista.

Um gol para toda a vida

Faremos desse movimento um abre-alas de oportunidades para os jovens

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Acompanho no limite o futebol —em particular o meu Fortaleza Esporte Clube e, quando sobra um tempo, os clubes que aprendi a gostar e que conheci nas caminhadas da vida.

Há mais de dez anos, o futebol, linguagem mais apaixonante e apaixonada do brasileiro, está mais presente na Cufa, através da Taça das Favelas, que agora retornou com força total em todo o país, com mais de 600 mil jovens participando do maior torneio de favelas do planeta.

É lógico que ninguém precisa de nós para jogar bola. O que desenvolvemos através da Taça das Favelas é um movimento de mobilização através do esporte que busca posicionar os talentos e as potências das favelas num pódio de visibilidade e percepção positivas.

Mobilizando jovens, homens e mulheres entre 14 e 16 anos, dialogamos com uma massa em formação, que está sonhando com caminhos e projetos de vida que lhes levem para a dignidade e uma vida plena.

Essa rede foi responsável por grande parte das ações durante a pandemia e serviu em outros momentos para mobilizar ações pela vacinação, enfrentar a evasão escolar e criar mutirões contra a dengue. Sem falar que seus embaixadores são o ex-capitão da seleção Cafu, a jogadora Marta e o rapper Dexter.

A Taça das Favelas inspirou o poder público a criar arenas por todo o país —com gestão compartilhada com os jovens nas favelas— e abriu os olhos do mercado da bola e das marcas para uma juventude lembrada muitas vezes como problema ou gasto, nunca como investimento e sonhos. E ela revela agora também sua potência inovadora e de consumo.

Da Taça das Favelas surgiram muitos atletas de renome, que jogam em grandes clubes, dentro e fora do país. Mesmo não sendo esse o foco do projeto, esse caráter revelador de talentos chama muito a atenção. Entretanto o jogo mais desafiador é fazer desse movimento um abre-alas de possibilidades e oportunidades para os jovens dentro e fora de campo. Por isso nosso slogan é "Um gol para toda a vida".

Neste ano, além dos campeonatos estaduais, teremos o Favelão, ou seja, uma versão nacional da Taça das Favelas, na qual todas as seleções que vencerem nos estados se enfrentarão num torneio nacional em São Paulo.

O futebol sempre despertou encanto e mobilizou emoções. Não poderia deixar de, além de convidar todos para acompanharem os jovens pelas redes oficiais da taca, ressaltar a felicidade de ver que jovens que vieram das favelas, como o Mc Hariel e o Rapper Djonga, se tornaram garotos propaganda da seleção brasileira.

Um gol para toda a vida é o sentido da Taça das Favelas e o futebol responsável pelas alegrias dos nossos dias.

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