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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

Descrição de chapéu Libertadores

Luxemburgo terá final em seu 11º jogo no Corinthians

Treinador pediu dez jogos para mostrar serviço; o próximo será decisivo

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Vanderlei Luxemburgo completou seu décimo jogo como técnico do Corinthians, exatamente o número de partidas solicitado à torcida como carência para a cobrança de bons resultados. No 11º compromisso, quarta-feira (7), em Quito, terá sua decisão. Vencer o Independiente del Valle deixará o Corinthians a um jogo da classificação para as oitavas de final da Libertadores.

Perder significará eliminação na fase de grupos. Apesar de duas quedas nas fases preliminares, contra Tolima, em 2011, e Guaraní, em 2020, o Corinthians não é eliminado numa chave de quatro equipes desde sua primeira participação na Libertadores, em 1977.

Luxemburgo, na emergência, adotou três zagueiros - Carla Carniel - 14.mai.23/Reuters

Por vezes, em suas entrevistas coletivas, Vanderlei Luxemburgo lembra a letra de "Quase Sem Querer", da Legião Urbana: "O que eu mais queria era provar para todo o mundo que eu não precisava provar nada para ninguém". Se estivesse em casa, deitado sobre seu recorde de títulos paulistas e brasileiros, não precisaria.

Falaria sobre suas glórias e fracassos. O Corinthians não parece um lugar tão ruim para se trabalhar como foram Vasco e Cruzeiro, em 2021. Fácil também não é.

Razão pela qual a torcida comemorou e a imprensa elogiou o desempenho contra o Atlético. Por mais que Eduardo Coudet tenha contribuído colocando Hulk no banco e adotando escalação com cinco reservas, a estratégia de Luxemburgo deu certo. Foi inteligente ao proteger a defesa e dar liberdade para Fagner e, principalmente, Renato Augusto.

No passado, Luxemburgo só recorria aos três zagueiros em situações específicas. O Cruzeiro da tríplice coroa, em 2003, começou o ano disputando algumas partidas assim. Dava liberdade a Alex, o craque, fortalecia o sistema defensivo. Quando alcançou estabilidade defensiva, abriu mão do sistema, e o Cruzeiro voou para dois títulos nacionais no mesmo ano, Brasileiro e Copa do Brasil.

No Santos, campeão paulista de 2006, montava o sistema defensivo com Ávalos, Manzur e Ronaldo Guiaro, para liberar Kleber, seu lateral esquerdo e, também, maior talento.

No Corinthians, a escolha é pela emergência.

São duas vitórias em dez jogos, cinco derrotas no período solicitado de carência, e nem assim dá para apontar toda a culpa para o treinador.

Da estreia na Libertadores, com sete titulares acima dos 31 anos, até a derrota para o América, Luxemburgo diminuiu a média de idade e passou a escalar três veteranos. Os defeitos prosseguem, parte da responsabilidade do técnico, muito da montagem do elenco.

Foram 11 gols sofridos e só sete gols marcados, cinco deles de Róger Guedes. Mais da metade dos anotados desde a chegada do treinador. Pensando em toda a temporada, Guedes marcou 18 dos 36 anotados pelo Corinthians. Se metade dos gols é de um jogador só, as coisas não vão bem há muito tempo.

Não importa a culpa, mas o trabalho. Rival de quarta-feira no Equador, o Independiente del Valle ganhou dois dos seus últimos quatro jogos. Perdeu em casa para a LDU, caiu em Montevidéu para o Liverpool. Imbatível não é.

É mais difícil acreditar na vitória e na classificação pelo que o time não fez neste ano do que pelo que pode fazer contra o Del Valle. Luxemburgo pediu dez jogos. O 11º será decisivo.

Altos e baixo

Dorival Júnior foi o primeiro técnico do São Paulo a chegar ao décimo jogo sem perder desde Muricy, em 1996. Agora, o time cai de produção, e as duas derrotas podem tirar entusiasmo antes do duelo com o Palmeiras. Não pode tirar do rumo. O São Paulo precisa de um título neste ano. Pode ser a Copa do Brasil.

Pressão na CBF

Ednaldo Rodrigues chegou à situação de pressão que sabia poder acontecer. Ancelotti continua dizendo que ficará no Real Madrid e planeja a reforma de seu elenco. Ramon Menezes viu sua seleção sub-20 cair precocemente no Mundial. Não há técnico unânime, e a CBF está brincando com a seleção brasileira.

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