Roteirista e autor de “Diário da Dilma”. Dirigiu o documentário “Uma Noite em 67”.
A farsa das mudanças climáticas
Você não está sentindo calor, o suor que escorre na sua testa é psicológico
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Enquanto cientistas de todo o mundo preparam milhares de placas solares com a frase "Eu avisei", a Argentina pode eleger um presidente negacionista, Donald Trump lidera as pesquisas eleitorais americanas e Lula não apresentou ainda um projeto que atue com a grandeza e a urgência que a Amazônia precisa.
Diante desse cenário, caro leitor e cara leitora, sinto-me obrigado a divulgar alguns fatos empíricos. O primeiro é o seguinte: você não está sentindo calor. O suor que escorre na sua testa é psicológico. Não é para menos. Todo dia a mídia golpista força você a acreditar que a temperatura está quente.
Aconteceu a mesma coisa no hemisfério norte no meio do ano. Jorginho Soros e Pabllo Vittar financiaram uma campanha que estava em todos os jornais: "Julho de 2023 foi o mês mais quente já registrado no planeta", "Observatório europeu anuncia que 2023 será o ano mais quente da história", mimimi de "colapso climático" e outras frescuras. Em paralelo, o MST arregimentou índios preguiçosos para juntos iniciarem incêndios nos Estados Unidos, na Europa e na África. Resultado: a população manipulada começou a dizer que estava com calor. Hipócritas!
Não há necessidade de ouvir os cientistas. O Acordo de Paris só beneficia o Felipe Neto. Chega desse papinho comunista de criar políticas públicas para reduzir a emissão de gases. Essa "belagilzação" que quer nos convencer a não comer carne é ridícula. Ain, porque a criação de gado desmata a floresta e desregula o clima. Ain, porque o gás metano emitido pelos bovinos contribui com o efeito estufa. Gente chata do caralho.
Ainda há uns lunáticos que querem fazer da Amazônia um polo internacional de ciência, pesquisa, preservação e inovação. É o mesmo tipo insuportável que fica azucrinando a respeito de voto em candidatos que levem a mudança climática a sério.
Se é para fazer alguma coisa, vamos trazer a polarização para a mudança climática.
Se você é de direita, saia na rua de gorro e casaco. Desligue o ar-condicionado. Afinal, esse calor aí não existe.
Pode dar mais trabalho, mas se é de esquerda crie movimentos de cancelamento do calor.
Enquanto os lados se digladiam e relutam em ouvir os cientistas que dedicaram a vida a estudar esse tema, queimamos todos juntos. O lado bom é que todo mundo vai morrer com as certezas inabaladas.
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