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Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina.

Times brasileiros têm aprendido a atuar coletivamente

A sociedade necessita também evoluir e ser mais solidária

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Saber poupar, trocar alguns jogadores diferentes a cada partida, especialmente os que têm maior risco de problemas físicos, é uma sabedoria e um avanço científico. Por outro lado, escalar quase todos os reservas em uma importante competição, como o Brasileirão, por receio de contusões ou porque há outro jogo três ou quatro dias depois, é uma conduta medrosa, ineficiente e que empobrece o futebol, ainda mais que são permitidas cinco substituições durante as partidas.

Escalar os reservas ou dizer que os titulares estavam cansados por causa do péssimo calendário, que realmente existe, tornou-se a desculpa oficial para os maus resultados e atuações.

Na noite de quarta-feira (14), o Flamengo, por escalar os titulares, por ter dois gols de vantagem, por jogar no Maracanã e por ter uma equipe de mais qualidade, é o grande favorito para chegar à final da Copa do Brasil. O São Paulo terá de fazer uma partida excepcional, heroica, como algumas que já teve no Morumbi. Já Corinthians e Fluminense estão no mesmo nível técnico, cada um com seu estilo, com uma pequena vantagem para o Corinthians, por jogar em Itaquera. O Fluminense costuma atuar com a mesma eficiência dentro e fora de casa.

Gol de Yuri Alberto contra o São Paulo foi resultado de boa construção coletiva do Corinthians no estádio do Morumbi - Carla Carniel - 11.set.22/Reuters

Os times brasileiros, na média, têm jogado de uma maneira moderna e competitiva, com mais marcação por pressão, com mais troca de passes e com mais intensidade para defender e atacar com muitos jogadores, mas mantêm algumas deficiências, como deixar muitos espaços entre os setores e exagerar nos cruzamentos para a área.

As equipes e os jogadores têm aprendido a atuar coletivamente, a ter mais consciência do outro, não apenas de si. A sociedade necessita também evoluir e ser mais solidária e menos tendenciosa, menos hipócrita, menos preconceituosa e menos violenta.

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