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A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Para banco, produção nacional de carne bovina sobe 5% neste ano

Procura pelo produto aumenta com retomada da economia, e Ásia impulsiona exportações

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Gado em fazenda em Sorriso (MT) - Paulo Whitaker - 26.set.16/Reuters

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A produção brasileira de carne bovina deverá crescer 5% neste ano. O aumento dos abates, devido à redução dos preços internos de bezerros, será um dos fatores dessa evolução, segundo avaliação do Rabobank, banco especializado em agronegócio. Em 2017, os preços médios dos bezerros caíram 11%.

A demanda deverá manter-se favorável. Isso porque a retomada da economia brasileira dá suporte à recuperação do consumo interno.

Do lado do mercado externo, a demanda pelo produto brasileiro continua favorável, principalmente na Ásia.

As exportações brasileiras de carne bovina aumentaram 9% no ano passado, e os preços subiram 4%, segundo o Rabobank.

A China, um dos principais mercados para o Brasil, manteve uma demanda intensa nos últimos trimestres. As estatísticas do governo indicam importações de 695 mil toneladas no ano passado, 20% mais do que em 2016.

Boa parte dessa carne saiu da América do Sul, principalmente do Brasil e do Uruguai. A Argentina deverá aumentar sua presença no mercado chinês a partir deste ano.

A Austrália, um importante participante do mercado mundial, está sendo afetada por seca em algumas regiões do país. As exportações australianas, refletindo o aumento de produção, subiram 3% no ano passado.

A oferta de carne bovina sobe na União Europeia, devido ao aumento de produção e de importação.

Nos Estados Unidos, o setor começa 2018 com um otimismo cauteloso, após ter registrado o segundo ano mais lucrativo em 2017, de acordo com os analistas do banco.

Uma expansão menor do que o previsto no rebanho limita a oferta e cria expectativas melhores para os produtores no segundo semestre.

 


 

 

Estoque mundial recorde de trigo inibe alta de preços no Brasil

Em algumas semanas, os produtores paranaenses começam o plantio do trigo. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) prevê, mais uma vez, uma produção inferior a 5 milhões de toneladas.

Se confirmado esse volume, o país terá de importar pelo menos 7 milhões de toneladas do cereal para complementar a demanda interna.

Uma produção tão pequena poderia dar suporte aos preços internos e trazer liquidez aos produtores. A situação externa, no entanto, não favorece esse cenário.

A produção mundial de trigo sobe para o recorde de 758 milhões de toneladas, e o estoque no final da safra, também recorde, fica em 266 milhões.

Com produção e volume tão elevados, os preços não devem reagir. Nesta quinta-feira (22), o primeiro contrato do cereal esteve em US$ 3,67 por bushel (27,2 quilos) na Bolsa de Chicago, 1% menos do que em igual período de 2017.

O maior perigo para os produtores vem da Argentina. Após o país amargar redução de produção, que chegou a ficar abaixo de 9 milhões de toneladas, o cenário tem estado mais otimista para eles nos últimos anos.

Na safra de 2017/18, os argentinos colheram o recorde de 17,5 milhões de toneladas, segundo dados do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Os dados mais recentes da Conab, divulgados neste mês, apontam estabilidade na área a ser semeada no Brasil, que deverá ser de 1,92 milhão de hectares.

O aumento da produtividade, porém, deverá elevar a produção nacional para 4,7 milhões de toneladas, 9% mais do que a da safra anterior.

Ao todo, as indústrias vão processar 11 milhões de toneladas do grão, e o país importará um volume próximo ao do ano passado, que foi de 7,2 milhões de toneladas.

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