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A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Coronavírus já afeta cadeia da soja e da carne na China

Consumo cai e importações serão menores neste primeiro semestre, mas demanda cresce no segundo, segundo Rabobank

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São Paulo

surto de coronavírus está afetando a cadeia de soja na China. Ausências no trabalho, controle de transporte, queda no consumo e suprimento menor da oleaginosa afetaram o esmagamento pelas indústrias.

Além disso, o Covid-19 afeta o consumo de óleo e de farelo de soja neste primeiro trimestre. Os efeitos do vírus poderão continuar no segundo.

A avaliação é de analistas do Rabobank, banco especializado em agronegócio. Eles preveem que os impactos do vírus sejam de curto prazo, com retomada acelerada do setor no segundo semestre. Isso depende, no entanto, da duração da propagação do vírus.

Com a redução da demanda de soja neste início de ano, a China está importando menos produto dos EUA e mais da América do Sul, devido ao período de colheita no Brasil e na Argentina. A safra dos EUA ocorre no segundo semestre.

O uso de óleo de soja na indústria de alimentação fora de casa, que representa 40% do total do produto consumido pelos chineses, está em queda, mas continua firme nas residências.

Na avaliação do banco, o consumo total de óleo de soja deverá cair de 6% a 8% no primeiro semestre, em relação a igual período de 2019.

O coronavírus afeta também o consumo de farelo de soja, que terá recuo de 3% a 5% neste semestre, em relação a igual período do ano passado.

O banco prevê, ainda, uma queda nas importações de carne bovina neste primeiro semestre. Estoques em mãos dos importadores, a carne não consumida no Ano-Novo chinês e os pontos de distribuição fechados vão retardar as importações chinesas.

Apesar disso, as estimativas são de aumento das compras no segundo semestre.

Atacado Os produtos agropecuários tiveram alta acumulada de 0,24% nos dois primeiros meses deste ano, conforme dados do Índice de Preço por Atacado do IGP-M da FGV.

Carne cai Apesar do baixo percentual do ano, o acumulado em 12 meses é de 14,8%. A carne bovina, motivo de pressão no final do ano passado, recuou 8,1% neste mês.

Consumidor A carne bovina está em queda também no varejo. A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) registrou queda de 6% no acumulado dos últimos 30 dias até a terceira semanas deste mês.

Desaceleração No primeiro bimestre, os preços da carne bovina caíram 11% no atacado, segundo a FGV. Já os dados do varejo, ainda provisórios, mostram queda de 10% no mesmo período, aponta a Fipe.

Agrícolas O mercado sentiu os efeitos do Coronavírus pelo mundo. À exceção da soja, que teve uma recuperação de preços devido ao farelo, a tendência foi de queda no setor. Houve recuo do milho, do café e do algodão. Este último com retração de 4,5% no dia.

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