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A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Além de comprar máquinas, produtor ajuda indústria adquirindo carros

Estados com predominância da atividade agrícola são os que têm menor queda em licenciamento

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O produtor agrícola está movimentando não apenas as vendas de colheitadeiras e de tratores, mas também dando um alívio à comercialização de carros nas principais regiões produtoras de grãos.

A sequência de safras recordes de grãos, do dólar elevado, dos preços internos em patamares altos e das exportações aceleradas deixou o agricultor bastante capitalizado.

O resultado é que, além de adquirir produtos específicos para sua atividade no campo, ele movimenta também as agências de veículos nas regiões onde atua.

Nos estados fortes em produção agrícola, a venda de veículos caiu menos - Fabio Braga-02.fev,16/Folhapress

Segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), o licenciamento de veículos tem taxa de queda bem menor em Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Paraná do que em São Paulo e Rio de Janeiro.

Enquanto os primeiros estados se caracterizam por áreas de produção agropecuária, os dois últimos —São Paulo e Rio de Janeiro— têm forte atuação em indústrias e serviços.

A Anfavea iniciou o ano com esperanças de crescimento de 2,9% nas vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias, conforme estimativas feitas em janeiro deste ano.

Com a chegada da pandemia, a associação revisou a estimativa para uma estabilidade nas vendas, conforme dados de julho. Nesta quarta-feira (7), porém, a entidade refez seus cálculos e prevê, agora, uma evolução positiva de 5% no setor de máquinas. As agrícolas vão crescer 3%, e as rodoviárias, 20%.

Se concretizada essa previsão, o setor venderá 40,5 mil unidades agrícolas no ano. A produção total de máquinas, incluindo as rodoviárias, deverá atingir 45,9 mil.

Já a produção de máquinas agrícolas tem caminho inverso ao das vendas. A indústria, que previa um crescimento de 5,4% para 2020 no início do ano, agora estima uma queda de 4%.

Apesar dessa queda, o cenário atual é melhor do que o de julho, quando era esperada uma retração de 8%. Naquele mês, as indústrias ainda eram afetadas de forma mais intensa pela redução da atividade, devido ao período mais crítico da pandemia.

No mês passado, as vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias aumentaram 8,9%, em relação às de agosto. Ainda são, porém, 4,2% inferiores às de setembro do ano passado.

De janeiro a setembro, a indústria colocou 33,3 mil unidades no mercado, 0,9% acima do volume de igual período de 2019. A produção acumulada do ano passada, que era de 41,3 mil unidades, recuou para 33,2 mil neste ano.

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