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A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Café solúvel inova e ganha mercado

Bebida eleva participação nos mercados interno e externo; Rússia e Ucrânia, agora, são dúvidas

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O café solúvel inova, a produção cresce, e o produto consolida novas posições no mercado. A participação dessa bebida no total de café exportado mundialmente subiu para 10% em fevereiro deste ano, conforme dados divulgados pela OIC (Organização Internacional do Café), nesta terça-feira (5).

Internamente, o café solúvel também atingiu outro patamar, com um aumento consistente nos anos recentes, segundo Aguinaldo Lima, diretor de Relações Institucionais da Abics (Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel).

Em fevereiro, os mais recentes dados disponíveis da OIC, o comércio mundial de café solúvel atingiu 1,46 milhão de sacas, 65% acima do volume de igual mês de 2021.

Nos cinco primeiros meses desta safra —de outubro de 2021 a fevereiro de 2022—, as exportações de solúvel corresponderam a 5,71 milhões de sacas, 22% mais do que em igual período anterior.

O Brasil vem registrando um crescimento consistente, com o consumo nacional chegando à casa de 1 milhão de sacas.

O país vem sendo, inclusive, o motor desse aumento das exportações no mundo, segundo a OIC. De fato, dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) indicam que o Brasil exportou o correspondente US$ 102 milhões no primeiro bimestre deste ano em café solúvel, 36% a mais do que no ano passado.

Em sacas, as exportações somaram 612 mil no bimestre, 5% a mais. Nos últimos 12 meses até fevereiro, as vendas externas de café solúvel corresponderam a 4,1 milhões de sacas, 12% do volume total de café verde exportado pelo Brasil no período.

Para Lima, da Abics, o país vem obtendo um bom crescimento no mercado interno e ganhando espaço nos mais de cem países importadores do produto brasileiro. A produção interna cresce e novas indústrias estão se incorporando ao mercado.

Há, porém, um ponto de interrogação nos próximos meses. Rússia e Ucrânia estão na lista dos principais países importadores do produto brasileiro.

Em 2021, os russos foram o segundo da lista, e os ucranianos, o quinto. Juntos, importaram o correspondente a US$ 69 milhões, 14% dos US$ 493 milhões de divisas conseguidos pelo país.

No primeiro bimestre deste ano, o percentual de participação da Rússia e da Ucrânia nas exportações brasileiras é ainda maior, atingindo 16%, conforme dados da Secex.

Esses dois países podem fazer falta, diz Lima. Apesar do cenário atual de guerra no Leste Europeu, o diretor da Abics acredita que as exportações do primeiro trimestre deste ano tenham superado as de igual período de 2021. Os dados vão ser divulgados ainda nesta semana.

Os Estados Unidos lideram as importações de café solúvel do Brasil. Em 2021, deixaram US$ 92,4 milhões de divisas no país. Rússia veio a seguir, com US$ 47,1 milhões. Estão na ponta dessa lista, ainda, Japão, Indonésia e Ucrânia.

Lima acredita em uma evolução do consumo de café solúvel no Brasil. No país, o solúvel representa 5% do consumo nacional. No mercado externo, é de 27%.

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