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A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Safra de soja poderá atingir 149 milhões de toneladas em 2023

Estimativa é da consultoria Céleres, que reduziu, no entanto, a safrinha de milho deste ano em 6 milhões de toneladas

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Apesar das dificuldades na obtenção e dos preços elevados dos fertilizantes, o Brasil deverá aumentar a área de soja para 42,3 milhões de hectares na safra 2022/23, acima dos 41 milhões da atual, até então recorde.

Com isso, a produção tem potencial para chegar a 148,8 milhões de toneladas, 23,5 milhões acima do volume estimado para este ano.

As previsões são da consultoria Céleres, que ainda espera uma safra economicamente favorável para os produtores brasileiros, devido ao real desvalorizado e aos preços internacionais elevados da oleaginosa.
Produção, importações e estoques de passagem vão elevar a oferta interna de soja para 152 milhões de toneladas em 2023. Deste volume, 48,4 milhões serão esmagados internamente e outros 94,5 milhões serão exportados. Neste ano, devido à seca no Sul, as exportações ficarão em 78 milhões de toneladas, segundo a consultoria.

Máquina agrícola deposita grãos de soja em caminhão em granja em Brasília - Lucio tavora - 18.fev.2022/Xinhua

O Brasil aumenta também a produção de milho, cujo mercado mundial ainda passa por algumas incertezas. Na área externa, há indefinições sobre a produção da Ucrânia, devido a guerra, e sobre a safra dos Estados Unidos, que ainda está com o plantio atrasado.

No Brasil, há quebra de produção na safrinha por causa da seca no sudoeste de Goiás e no sudeste de Mato Grosso. Com isso, a previsão atual da Céleres é de uma produção de 86 milhões de toneladas na safrinha, abaixo do potencial inicial de 92 milhões.

Mesmo com essa redução da safrinha, em relação à previsão inicial, o volume total nacional atingirá o recorde de 111 milhões de toneladas, segundo a consultoria.

Esse volume não considera, no entanto, reduções que possam ser geradas por eventuais geadas nas regiões Sul e Sudeste, importantes na produção nacional.

A rentabilidade do setor deverá ser boa no segundo semestre, principalmente para os que têm possibilidades de armazenar o cereal. O movimento de preços será altista, acreditam os analistas da Céleres.

Os dados atuais da consultoria indicam que a área total de milho deste ano atingiu 21,7 milhões de hectares, 16,4 milhões deles semeados na safrinha. Na safra anterior, a área total havia sido de 20 milhões de hectares, 15 milhões deles na safrinha.

A produção total de milho do período 2021/22 será recorde, somando 111 milhões de toneladas, mas um volume inferior aos 122 milhões projetados inicialmente.

A Céleres, ao longo da safra, reduziu as estimativas de consumo animal de milho para 53,2 milhões de toneladas, mas elevou as do cereal na produção de etanol para 10,3 milhões.

Um dado menos confortável é a redução dos estoques finais para 9,2 milhões de toneladas. Inicialmente estavam previstos em 20,2 milhões.

Há redução também nas exportações de 2022, que não deverão atingir o potencial inicial de 42 milhões de toneladas. Ficam próximas de 35 milhões, segundo avaliação da consultoria.

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