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A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Descrição de chapéu alimentação

Brasil tem recorde na produção de carne e participação externa aumenta

Três principais proteínas somaram 26 mi de toneladas em 2022; 28% foram para exterior

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O Brasil produziu 26 milhões de toneladas de carnes bovina, suína e de frango no ano passado, 4% a mais do que em 2021.

A participação do mercado externo na produção brasileira vem aumentando. No ano passado, 28% das carnes "in natura" foram para o mercado externo, acima dos 27% de 2021.

Os dados de produção são do peso das carcaças obtidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística); os de exportação, da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Essa participação maior no mercado externo ajudou na manutenção dos preços aquecidos no mercado interno. Embora tenha perdido força em alguns meses, o preço médio dos bovinos subiu 12% no ano passado, para R$ 317 por arroba, conforme dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). O preço médio das exportações teve valorização de 16% por tonelada, em dólares.

O frango, líder em volume enviado ao exterior, tem a maior fatia entre produção e exportações. No ano passado, 34% da produção foi para o mercado externo. Em média, os preços externos subiram 22% em 2022, segundo a Secex. Os internos tiveram valorização de 5,4%, aponta o Cepea.

O setor de suínos, após a aceleração das vendas externas para os chineses nos anos de 2020 e 2021, devido à peste suína africana no país asiático, perdeu força no mercado da China em 2022. As exportações para os chineses tiveram redução de 14%. O Brasil conseguiu, no entanto, outros mercados asiáticos, como Filipinas e Tailândia. Com isso, as vendas externas de carne "in natura" de suínos ficaram estáveis.

Criação de suínos em Carambeí (PR) - Mauro Zafalon - 8.jul.2015/Folhapress

Os preços externos médios recuaram 2,6% no ano passado, segundo a Secex, enquanto os internos tiveram retração de 17%, mostra o Cepea. Essa queda ocorreu em um período de elevação de custos da produção e de oferta interna maior. No segundo semestre, no entanto, houve uma recuperação dos preços.

Na pesquisa trimestral de abates de animais, divulgada nesta quinta-feira (15), o IBGE informa que o peso das carcaças, resultante do abate de 29,8 milhões de animais, atingiu 7,97 milhões de toneladas, 6,9% a mais do que no ano anterior.

A produção de carne de frango subiu para 12,9 milhões de toneladas, com o abate de 6,1 bilhões de aves, e a de suíno foi a 5,17 milhões. Enquanto o frango teve evolução de de 2% na produção interna, os suínos somaram 5,5% a mais.

O IBGE mostrou também porque os preços do leite dispararam no mercado interno. A captação do produto teve queda pelo segundo ano consecutivo, obrigando as indústrias a elevar a disputa pelo produto nacional e a importar mais.

Em 2022, a produção brasileira de leite inspecionada por órgãos federal, estaduais ou municipais recuou 1 bilhão de litros, para 23,85 bilhões. Em relação a 2020, a queda é de 1,8 bilhão de litros.

Seca nas pastagens e redução de investimentos provocaram essa queda, que acaba refletindo no bolso do consumidor. O leite registra uma das principais altas na inflação neste início de ano.



Biodiesel Enquanto o Brasil se prepara para uma retomada das discussões sobre a mistura do biodiesel ao diesel, os Estados buscam ampliar a participação desse combustível renovável no mercado.

Biodiesel 2 Sob o governo de Bolsonaro, o percentual de mistura no país retornou para 10%. O setor espera que as negociações dos próximos dias elevem esse percentual para 15%.

EUA Nos Estados Unidos, conforme estudo da LMC International, a produção esteve em 11,8 bilhões de litros em 2021, gerando US$ 23,2 bilhões para a economia. Só o setor agrícola foi beneficiado com US$ 7,4 bilhões.

EUA 2 Os produtores de biodiesel norte-americanos, no entanto, querem um avanço rápido da produção. A Cleans Fuels, uma associação do setor de energia limpa, afirma que o objetivo do setor é atingir pelo menos 23 bilhões de litros até 2030.

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