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A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

EUA exportam menos carne, mas reduzem compras do Brasil

No primeiro semestre deste ano, país adquiriu 36% menos carne bovina brasileira

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Os Estados Unidos atualizaram os dados sobre o mercado de carne nesta quinta-feira (17). A capacidade de exportação dos norte-americanos, principalmente no que se refere à carne bovina, cai, mas as importações da proteína do Brasil também recuam.

Os Estados Unidos compraram 36% menos carne bovina do Brasil no primeiro semestre deste ano em relação a igual período do ano passado. No mesmo período, adquiriram 51% a mais da Austrália.

O potencial americano para suprir o mercado externo, no entanto, está sendo menor, o que deixa mais espaço para os brasileiros. Conforme estimativas do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a produção norte-americana recua para 12,3 milhões de toneladas neste ano, 4% a menos do que no ano passado. Em 2024, a queda será ainda maior, caindo para 11,4 milhões de toneladas.

Com a queda na oferta interna, o potencial de exportação dos EUA diminui para 1,46 milhão de toneladas neste ano, 9% a menos do que em 2022. Em 2024, o setor voltará a exportar menos, com retração de 7,5% no volume, segundo o Usda.

Animais em fazenda no Texas (EUA) - Evan Garcia - 3.ago.23/Reuters

No setor de frango, a produção norte-americana deverá atingir 21,3 milhão de toneladas, 1,4% a mais do que em 2022. As exportações ficam estáveis em 3,3 milhões.

O Brasil lidera o ranking mundial de exportação de carnes de frango e bovina. Os Estados Unidos vêm a seguir.

A suinocultura americana manterá uma situação produtiva melhor do que a da bovinocultura e da avicultura. A produção deste ano poderá chegar a 12,4 milhões de toneladas, 1% acima da de 2022. No próximo ano, volta a subir.

Os preços da carne suína dos Estados Unidos estão mais competitivos do que os da União Europeia, o que faz o país ganhar mais espaço na Ásia. As vendas externas deste ano devem superar em 9% as do ano passado.

Etanol de milho chega a 22% do de cana

A produção nacional de cana-de-açúcar deverá atingir 653 milhões de toneladas na safra 2023/24, conforme dados divulgados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) nesta quinta-feira (17). Deste volume, 590 milhões virão do centro-sul.

Se as estimativas da Conab se confirmarem, a produção desta safra superará em 7% a da anterior. O órgão oficial estima que a produção de açúcar oriunda de cana atingirá 41 milhões de toneladas, 11% a mais do que no período anterior.

Caminhão em canavial na cidade de Lençóis Paulistas, interior de São Paulo - Divulgação

A produção de etanol de cana supera em 4,5% a de 2022/23, e vai a 27,7 bilhões de litros. Um dos destaques é a oferta de etanol vinda de milho, que já soma 6,1 bilhões de litros, 37% acima do volume da safra de 2022/23.

Ao somar esse volume, a produção do combustível oriundo do cereal já atinge 22% do de cana-de-açúcar.

Etanol Os preços se mantiveram em alta, com o litro negociado a R$ 2,33 na cotação do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Os dados são referentes às negociações em Paulínia (SP). A alta é de 4% no mês.

Açúcar A saca foi cotada a R$ 133,50 nesta quinta-feira (17) no mercado paulista, um valor estável em relação ao do final de julho e ao de há um ano.

Café Com o avanço da safra, a saca do produto tipo arábica recuou para R$ 809, uma queda de 3% neste mês. Em relação aos valores de há um ano, a retração é de 37%.

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