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A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Com queda de preço no campo, alimento zera inflação em São Paulo

Dados da Fipe indicam que a alimentação teve queda de 0,5% nos últimos 30 dias

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Os alimentos caem no campo, sobem menos no varejo e levam a inflação a uma taxa zero nos últimos 30 dias. É a menor taxa inflacionária desde agosto do ano passado. Os dados são da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que pesquisa preços em São Paulo.

A instituição tem um sistema quadrissemanal de acompanhamento de preços, sempre apontando a variação média de quatro semanas em relação às quatro imediatamente anteriores. À medida que entra uma semana nova, sai a última da lista

No período de 16 de junho a 15 de julho, em relação aos 30 dias imediatamente anteriores, o preço médio dos alimentos recuou 0,5% na capital paulista, a menor taxa desde outubro do ano passado.

Banca de vegetais em um mercado - Unsplash

Os produtos industrializados, embora com força menor, ainda estão em alta. Já os "in natura" lideram as quedas no período.

Mais uma vez o clima é um dos fatores de alteração de preços. Desta vez, provocando recuo. O inverno mais quente provoca a chegada antecipada da produção, elevando a oferta em um período de demanda menor.

Nos cálculos da Fipe, os preços dos hortifrútis tiveram um recuo de 5,3% no período, provocado pela queda de preços das frutas, legumes, verduras, batata e cebola.


O tomate, sempre presente na formação da inflação, ora com altas acentuadas ora com quedas, ficou 21% mais barato nos últimos 30 dias, segundo a instituição de pesquisa.

No setor de verduras, o destaque foi a retração de 8% da alface. A oferta de produto é grande, mas a demanda é menor nesse período de frio, segundo análise do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

Outra queda significativa de preços foi a do mamão, que também ficou 21% mais barato. A boa oferta, em um período de demanda fraca, faz o produtor descartar os frutos de menor tamanho.

O leite apresenta uma tendência de queda, uma vez que a oferta melhora. Com retração desde novembro do ano passado, a captação do produto voltou a subir no campo. Nos supermercados, após alta de 7% em junho, o leite longa vida está com aumento acumulado de 0,8% em 30 dias.

O arroz, motivo de preocupação após as enchentes no Rio Grande do Sul, está com preços estáveis no campo e no varejo. Já o feijão, com boa oferta, cai 5%.

Mas há pressões vindo para o bolso do consumidor. O café voltou a subir, e o produto tipo robusta atinge preço nominal recorde, puxando também o do arábica. Oferta menor nos países produtores e demanda maior, inclusive da China, impulsionam os preços.

A pressão para o consumidor poderá vir também do trigo. Embora o preço esteja distante do pico registrado após a invasão da Ucrânia pela Rússia, voltou a subir. O dólar está pressionado e há a necessidade de importação maior neste ano devido à produção interna menor.

As carnes, com a boa demanda externa e aceleração das exportações, sobem no mercado interno, embora ainda em ritmo pequeno, apontam os dados da Fipe.

Intacta A Bayer está comemorando uma década da adoção da tecnologia Intacta. André Pessoa, da Agroconsult, afirma que essa tecnologia permitiu uma redução da utilização de 834 mil toneladas de defensivos no campo.


Intacta 2 A produção adicional de soja foi de 21 milhões de toneladas na soma da década, com queda na utilização de 183 milhões de litros de diesel e uma demanda menor de 6 milhões de hectares na área plantada.


Intacta 3 Nas contas de Pessoa, considerando o aumento de gastos do produtor com sementes e royalties, a redução dos custos com defensivos e a receita extra gerada pelo aumento de produção, o lucro total no período foi de R$ 55 bilhões para o setor agrícola.


Renda Segundo ele, a receita adicional gerada pelo setor agrícola impacta a economia do país como um todo.


Renda 2 Houve aumento do Valor Bruto da Produção em R$ 114 bilhões, elevando a oferta de soja em 13 milhões de toneladas para exportação.


Emissão de CO2 A redução no uso de defensivos e a poupança de área na produção resultaram em uma queda de 24,8 milhões de toneladas de CO2 na década, afirma Pessoa.

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