Casamentos em sítios de Mairiporã vão avisar sobre risco da febre amarela
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A Prefeitura de Mairiporã (Grande São Paulo) orientou proprietários de sítios e chácaras usados para festas e casamentos a alertar os convidados sobre a febre amarela. Os donos devem recomendar que todos tomem a vacina pelo menos dez dias antes da data marcada no convite.
O alerta é necessário porque, entre 13 de dezembro e 11 de janeiro, foram 33 casos suspeitos de febre amarela, com 11 mortes suspeitas, em moradores de Mairiporã.
Segundo a prefeitura, são 70 espaços oficiais (usados exclusivamente para festas, como casamentos e aniversários) e 120 informais (de uso particular, mas que também são alugados para esse fim).
A gerente do sítio Balboa, Rosana Rezende, 56, disse que já se adiantou à orientação da prefeitura e, desde o fim de 2017, pede aos noivos para avisarem os convidados. "Não temos muito o que fazer a não ser orientar as pessoas, pois elas vêm de fora e não sabem dos riscos", disse.
Risco também correm os frequentadores do Horto Florestal, na zona norte de São Paulo, que ignoram a recomendação de ir a local, reaberto na quarta-feira (10), apenas com a vacinação em dia.
O parque ficou fechado por quase três meses devido ao risco da doença.
Nesta quinta (11), porém, em uma hora e meia, a reportagem encontrou no local cinco pessoas que não tinham tomado a vacina e outras cinco que tinham se vacinado no dia anterior, o que não garante a imunização –são necessários dez dias para a proteção começar a fazer efeito.
O técnico de radiologia Rafael Gomes, 27, disse que não tomou a vacina e nem vai tomar porque não acredita na sua eficácia e também desconfia da gravidade da doença. "Sou um pouco cético quanto à doença e à vacina. Mas se está morrendo gente, porque reabriram o parque?".
A autônoma Josiane Neves, 34, e o marido, o garçom Rogério do Nascimento, 36, foram ao parque sem se vacinar. Apenas os filhos deles, Kevin, 18, Joaquim, 10, e Lorena, 3, estavam imunizados. "Não sabia que o parque estava aberto. Só soube do risco [da febre amarela] e da necessidade da vacina na entrada. Mesmo assim decidimos dar uma volta", disse Josiane.
A Secretaria Estadual da Saúde, do governo Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que foram colocadas faixas na entrada do Horto Florestal alertando sobre o risco para febre amarela e a necessidade da vacina. Disse ainda que o parque foi reaberto após a vacinação de mais de 1,3 milhão de pessoas que vivem na zona norte da capital.
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