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Para ministro, é plausível que criminalidade migre para outros Estados

Movimento foi citado como possível efeito colateral de intervenção federal no Rio de Janeiro

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Brasília

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta quinta-feira (22) ser "plausível" que organizações criminosas migrem para outros Estados com a intervenção federal no Rio de Janeiro.

 

Na saída de almoço com membros das Forças Armadas, ele reconheceu que o tema preocupa o governo federal e disse que, onde a atuação das forças de segurança se mostra efetiva, a atividade criminosa costuma se deslocar.

Nesta quinta-feira (22), o ministro da Justiça, Torquato Jardim, se reuniu na capital paulista com secretários estaduais de Segurança Pública de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo para discutir planos de colaboração.  

"Eu acho que é plausível, porque essa migração ocorre, por exemplo, dentro do Rio de Janeiro, dentro de Pernambuco e dentro de Goiás. Onde há uma eficácia maior, o crime de certa maneira migra. Há uma preocupação que a gente tem de cuidar para que não se corporifique", disse.

O ministro observou que a criminalidade hoje é nacional e citou dado do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), segundo o qual de 2014 a 2016 saltou de 3 mil para 13 mil o número de integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) em presídios do país.

"É importante ter a cooperação desses três Estados e acredito que o futuro Ministério da Segurança Pública irá se debruçar sobre o tema em conjunto com esses governos estaduais", disse.

Segundo Jungmann, a previsão é de que o interventor no Rio de Janeiro, general Braga Netto, apresente na semana que vem o seu plano de atuação na segurança pública.

"Nós ontem falamos pelo telefone e ele me dizia que espera nos próximos dias, acho que possivelmente na próxima semana, apresentar à imprensa", afirmou.

Alcântara

O ministro também confirmou que a empresa americana  SpaceX tem interesse em utilizar o Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão.

Segundo ele, representantes da empresa privada de exploração espacial já visitaram a base aérea.

"Eu acho que isso é uma manifestação de interesse, mas não posso dizer se será efetivado", afirmou.

Segundo ele, até o momento, quatro países já demonstraram interesse em utilizar plataformas de lançamento: Estados Unidos, Rússia, Israel e China.

"A nossa visão é que até cinco países podem participar. Nós podemos estabelecer limite de cinco plataformas de lançamento", disse.

Linha-dura

O presidente Michel Temer participou pela primeira vez nesta quinta-feira (22) do almoço do Conselho Militar de Defesa.

A presença dele ocorre no momento em tenta adotar um perfil "linha-dura", na tentativa de se aproximar do campo da direita e se viabilizar eleitoralmente.

Para reforçar o endurecimento na imagem, a ideia é que ele aumente aparições públicas ao lado de soldados e generais e faça mais viagens a locais que enfrentam problemas de insegurança, como Rio de Janeiro e Ceará.

Ele também deve mudar a linha do discurso. A proposta é que ele simplifique a linguagem e adote expressões mais enérgicas, como "Chega" e "Basta". As duas foram usadas, por exemplo, na assinatura do decreto de intervenção do Rio de Janeiro.

Para ser candidato, no entanto, o presidente sabe que precisa se viabilizar eleitoralmente até maio, prazo que estabeleceu para definir se tentará a reeleição.

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