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Descrição de chapéu Obituário Odette Alves de Andrade (1936 - 2019)

Mortes: Tizinha, fez das perdas força para empreender

O trabalho e a alegria das pessoas nas festas que produzia eram sua terapia

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São Paulo

Na década de 70, Odette ainda não havia imaginado deixar o posto de dona de casa para trabalhar —ideia que o marido não fazia muito gosto. Mãe de seis filhos, ela viu tudo virar de cabeça pra baixo com a morte da caçula, de apenas dois anos, num acidente de carro.

Foi para se ocupar e driblar a dor da perda que começou a produzir e vender salgadinhos. O mercado favorável em Juiz de Fora (MG), com pouca oferta, fez crescer o negócio. 

A empreendedora Odette Alves, conhecida como Tizinha em Juiz de Fora (MG) - Arquivo Pessoal

Mas, sete anos depois, um novo acidente, de moto, matou seu primogênito, Marcelo, aos 21. Foi em homenagem a ele que a mãe batizou o buffet de Marcellu’s Recepções —era o nome que o garoto queria dar ao seu futuro bar.

O trabalho e a alegria das pessoas nas festas que produzia eram sua terapia, dizia Tizinha (apelido pelo qual ela era conhecida). De comemoração ela entendia. Casou-se com toda pompa na Igreja Matriz de Petrópolis, na região serrana do Rio. Seu sogro era prefeito de Juiz de Fora e a cerimônia foi marcante. Ela ainda ostentava bom gosto e mãos habilidosas. 

Há cinco anos perdeu para o câncer a terceira filha. Passou a empresa para a família e resolveu dedicar-se ao jantar beneficente de fim de ano que sempre organizava e à pintura. Gostava de registrar figuras humanas e pintou dez quadros no ano passado. 

Também não abandonara a fé e as viagens. Devota de santa Luzia, ia sempre à missa e rezava o terço todos os dias. Conheceu várias cidades europeias e esteve em Jerusalém. 

Morreu no dia 27 de fevereiro, pouco tempo depois de descobrir um tumor cerebral, aos 82 anos. Deixa três filhos, Antônio Augusto, Alberto e Izabela, e seis netos.  


coluna.obituario@grupofolha.com.br

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