Descrição de chapéu Obituário Waldo Machado da Silva (1934 - 2019)

Mortes: Do futebol de várzea a maior artilheiro do Fluminense

Também fez história e virou ídolo do Valencia, na Espanha

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São Paulo

Waldo começou como começam os meninos da periferia: jogando bola num campo de terra batida, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio.

Ainda novo foi levado para o extinto e sem expressão Fluminense de Niterói. A pobreza, no entanto, o fez se alistar ao completar a maioridade. Foi parar na Marinha, mas não deixou os dribles de lado.

Waldo Machado da Silva, o maior artilheiro da história do Fluminense
Waldo Machado da Silva, o maior artilheiro da história do Fluminense, ao lado da placa em sua homenagem - Divulgação/Fluminense

Até o dia em que o Fluminense Football Club marcou um jogo-treino contra os fuzileiros navais e lá estava Waldo —o atacante que o tricolor precisava. Assim, começou a carreira profissional, em 1954.

Pelo time, em 413 jogos Waldo balançou a rede 319 vezes. Ninguém fez mais gols vestindo as três cores que ele. O mais impressionante: nenhum foi de pênalti.

Num ano, marcou 69 gols —o maior número alcançado por um jogador numa só temporada do Fluminense. Com o time, conquistou dois títulos do Rio-São Paulo, dois do Torneio Início e um do Carioca.

Em 1961, Waldo jogou pela primeira vez em Valência, na Espanha, com o tricolor. Após a partida, o presidente do clube espanhol mandou que viessem ao Brasil para contratar o atacante que faria história também com a camisa do time europeu.

Por lá, ele marcou 160 gols —é o segundo do ranking de artilheiros. Com o Valencia, Waldo foi campeão da Copa das Feiras, a atual Liga Europa, e da Copa do Rei.

"A família tinha DNA do futebol", conta o autor da biografia de Waldo, Valterson Botelho. Ao menos quatro parentes jogaram profissionalmente. Em 2012, no lançamento do livro, foi a última vez que ele veio ao Brasil.

Há cinco anos, Waldo, sofria com o Alzheimer e vivia numa clínica na Espanha. Ele morreu no dia 25 de fevereiro, aos 84 anos. O jogador deixou quatro filhos, sete netos e um irmão.


coluna.obituario@grupofolha.com.br

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