Mortes: Quase morreu em campo pelo Coritiba, que serviu por 54 anos
Dirceu Krüger, o Flecha Loira, fez 252 jogos como atleta do clube do coração
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O torcedor do Coritiba tem atravessado um momento complicado na história do clube, que atualmente disputa a Série B do Brasileiro.
Ao chegar ao estádio Couto Pereira depara-se com a estátua de um de seus maiores ídolos, Dirceu Krüger, e é acometido pelo sentimento ambíguo de já ter sido muito mais feliz.
O Flecha Loira, apelido que o ex-meio-campista ganhou devido à velocidade com que carregava a bola, recebeu a homenagem em 2016, quando torcedores arrecadaram mais de R$ 190 mil para a construção do monumento em bronze.
Dirceu foi contratado pelo time do coração em 1966. Três dias após sua chegada ele entraria em campo para enfrentar o Grêmio e faria o primeiro de 58 gols que marcariam sua passagem pelo clube que nunca mais deixaria.
Fez 252 jogos como atleta e participou das campanhas de sete títulos paranaenses.
O episódio mais conhecido da trajetória de Dirceu aconteceu em 1970, quando se chocou com um adversário e teve o intestino perfurado. Ele chegou a receber a extrema-unção no hospital, mas recuperou-se em dois meses.
Após deixar as quatro linhas, em 1975, ainda seria treinador da equipe em diferentes passagens, acumulando 185 partidas. Dirceu trabalhou no clube durante 54 anos.
Mais de 32 mil torcedores encheram o Couto Pereira e cantaram seu nome na semana seguinte à sua morte.
O ex-meia Alex conta que recebeu dele a braçadeira de capitão pela primeira vez.
“Após uma derrota para o Athletico desci do ônibus e passei no meio de torcedores que nos ameaçavam. Sabia que não tínhamos cometido nenhum crime. No jogo seguinte, a braçadeira estava no meu lugar no vestiário”, diz o também ídolo do Coritiba.
Dirceu morreu no último dia 25, aos 74, devido a complicações após cirurgia para resolver obstrução intestinal. Deixa a esposa, dois filhos e uma neta.
coluna.obituario@grupofolha.com.br
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