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Descrição de chapéu Obituário Duda Molinos (1964 - 2019)

Celebridade da maquiagem brasileira, viveu seus últimos anos em salão

Era considerado um Michelangelo dos pincéis no rosto das modelos por seus colegas de trabalho

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Caroline Amaral ‎Coutinho
São Paulo

O começo do dia era sempre o mesmo: “Oi, gente maravilhosa!” exclamava Duda Molinos quando entrava no seu salão em Higienópolis, na região central de São Paulo, aos sons de risadas e secadores de cabelo.

Fazia somente seis anos que ele tinha começado a se dedicar ao salão Lab e ainda estava reaprendendo a rotina de maquiador fora dos estúdios de moda. O artista premiado, com mais de 30 anos de experiência, pedia a seus colegas, em tom de brincadeira, “vocês vão ter que me ajudar”. 

Seu trabalho era metódico: sempre que ele pintava o rosto da cliente, dava três passos para trás, olhava bem por um minuto, movia o rosto dela para cima e para baixo e voltava ao pincel. “Seu trabalho era impecável em todos os sentidos”, afirma Thiago Braga, 33, cabeleireiro e maquiador do Lab.
 

Duda Molinos para a Revista São Paulo, em Setembro de 2013. - Folhapress

Para Duda, não existiam muitas regras para a maquiagem, tudo se construía a partir de um princípio: “Se a modelo se sente bonita, ela já está pronta!”, costumava dizer.

Seu talento o levou a trabalhar com marcas como Paco Rabanne e Christian Dior. Seus trabalhos eram assíduos do São Paulo Fashion Week, como também eram suas dicas no programa Mais Você, apresentado por Ana Maria Braga, da TV Globo. 

Mas se as mãos eram de artista, a cabeça ainda era de aprendiz. Gostava de pedir opiniões, especialmente dos que não eram especialistas em maquiagem. “Ele sabia que ninguém brilha sozinho”, declarou Gil Prando, 59, cabeleireiro do Lab.

Duda Molinos morreu em casa neste domingo (7) após uma parada cardiorrespiratória. O Lab abriu como normalmente, nesta quarta-feira (10), sem sua estrela principal, mas deixou, para Thiago, seu legado de “trabalhar com alegria”.

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