Mortes: Ativista LGBT, foi defensor dos direitos humanos desde a juventude
Ele desapareceu na quinta-feira (27) e foi encontrado morto dias depois na zona rural de Pombos (PE)
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Formado em Pedagogia, Sandro Cipriano, 35, era conhecido pela dedicação às causas sociais desde muito jovem. Aos 17 anos, foi um dos primeiros agentes de desenvolvimento formados pelo Serta (Serviço de Tecnologia Alternativa), em Pernambuco. Nesta mesma organização, foi educador no módulo direitos humanos e no curso técnico em agroecologia.
Sandro ficou conhecido como uma importante liderança da juventude rural pernambucana e liderou mobilizações em defesa de políticas públicas, principalmente para a causa LGBT.
Em Pombos, na Zona da Mata de Pernambuco, coordenava o Grupo Sete Cores, criado para contribuir com a implementação e efetivação de políticas públicas para o segmento LGBT.
Também era coordenador estadual e membro do Conselho Diretor Nacional da Abong (Associação Brasileira de Ongs) e ex-conselheiro nacional da Juventude.
Sandro desapareceu na última quinta-feira (27). No sábado (29) de manhã, o corpo dele foi encontrado com sinais de violência na zona rural de Pombos. Segundo a declaração de óbito, ele levou um tiro na cabeça e tinha outras marcas de violência.
A morte provocou comoção entre ativistas e amigos do professor. "Sua morte, motivada por ódio e homofobia, é o retrato do Brasil que exclui, estigmatiza e assassina pessoas que defendem direitos e LGBTs", afirma nota divulgada pela Abong.
Para o teólogo e escritor Leonardo Boff, o assassinato de Sandro tem semelhanças com o da vereadora Marielle Franco, no Rio, no ano passado.
"São muitos os que foram assassinados por defenderem direitos", escreveu em seu site. "A atmosfera de violência que marcou a campanha presidencial de 2018 ainda continua".
"Estamos consternados, esse fato é profundamente doloroso", afirmou o diretor do Serta, Abdalaziz de Moura.
coluna.obituario@grupofolha.com.br
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