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Traficante é pego tentando fugir de presídio no Rio vestido de mulher

Clauvino da Silva usou roupas da filha para tentar escapar de Bangu 3

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Rio de Janeiro

A mulher já ia saindo pela porta da frente da prisão conhecida como Bangu 3, na zona oeste do Rio de Janeiro, quando os agentes penitenciários que estavam na portaria da unidade perceberam algo estanho.

É que ela não parecia uma mulher de fato, apesar de ter cabelos longos pretos, usar óculos de grau e vestir uma camiseta rosa, calça jeans, sandálias brancas e casaco. A própria "bizarrisse" da aparência e da movimentação dela causou desconfiança nos funcionários, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do estado.

Máscara, peruca e roupa usados em tentativa de fuga de traficante no Rio - Divulgação/Seap-RJ

A tal mulher estava acompanhada de outras sete, que a rodeavam tentando encobrir da vista dos porteiros. Eles então a levaram para uma sala separada e a fizeram tirar a roupa, num vídeo gravado pelos próprios agentes [assista abaixo].

Conforme a mulher vai se despindo, aparecem os braços mais escuros que o rosto, uma tatuagem e o tronco de um homem. "Não tá na hora de fazer pirraça", "é só tirar [a roupa] normal", "aqui não tem esculacho, ninguém tá te fazendo nada, pô", dizem os funcionários.

O último item a ser retirado é a máscara, revelando o rosto do traficante de Angra dos Reis Clauvino da Silva, conhecido como Baixinho. O preso tentava fugir da unidade Gabriel Ferreira Castilho, no complexo penitenciário de Gericinó.

 

Ele aproveitou o horário de visitas na tarde deste sábado (3) e vestiu as roupas da filha, que seria deixada dentro da cadeia pelas informações da Seap, usando as outras visitantes como "esconderijo".

Mas o plano foi frustrado, e o preso foi encaminhado para outra unidade do mesmo complexo, conhecida como Bangu 1, onde sofrerá sanções disciplinares, diz a secretaria. A filha e as sete mulheres foram levadas para a delegacia, suspeitas de facilitação na tentativa de fuga, e a corregedoria da Seap vai abrir uma sindicância para apurar a situação.

Em nota, a secretaria classificou o episódio como um "ato de desespero", relacionando-a a uma operação realizada por inspetores penitenciários que apreendeu 7.300 telefones neste ano e retirou regalias e jóias de presos, como anéis de ouro com diamantes. "Só sobrou para a cúpula da [facção criminosa] Comando Vermelho tentar uma forma inusitada de fuga", se vangloria a pasta.

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