Coleta de lixo pode atrasar até 3h em SP, diz plano de contingência
Maior flexibilidade no horário não entrou em vigor e pode ocorrer em cenário extremo
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O plano de contingência na área de coleta e resíduos sólidos da Prefeitura de São Paulo prevê que o recolhimento do lixo pode atrasar até três horas, dependendo da situação.
O secretario da Subprefeituras, Alexandre Modonezi, afirma, porém, que a medida não está em vigor. Segundo ele, as únicas medidas que estão em vigor é o uso de equipamentos de segurança pelos funcionários da limpeza e uso de dois sacos de lixo na limpeza de rua.
"O que existe são vários cenários sendo analisados. Isso a administração precisa estar à frente de problemas que possam vir", afirmou Modonezi.
As medidas operacionais incluirão maior flexibilidade no horário de recolhimento, mas população deverá seguir o mesmo cronograma atual, mas pode haver maior demora no recolhimento.
O documento também trata de cenários mais extremos que o atual, em que pode haver interrupções de alguns serviços.
Embora a prefeitura afirme que não vá interromper o transporte público, o documento à qual a Folha teve acesso afirma que pode ser feita "contratação de novas vans e ônibus para os funcionários, caso não tenha transporte público".
Em caso de recolhimento total, serão considerados serviços mínimos essenciais a coleta de resíduos domiciliares comuns e resíduos de saúde, excluindo, por exemplo, coleta de recicláveis.
A Amlurb (autarquia responsável pela gestão do lixo na cidade) pedirá à população para colocar o lixo em dois sacos, para diminuir a possibilidade de contato com os funcionários que fazem o recolhimento.
Nessa mesma linha, a triagem de recicláveis será feita apenas mecanicamente e os funcionários dos ecopontos não manusearão mais os materiais. Além disso, funcionários que atuam em regiões como cracolândia receberão máscaras para fazer o serviço.
A prefeitura afirma que intensificará a lavagem das ruas com desinfetante antibactericida.
COMÉRCIOS
Nesta semana, a prefeitura também começou a fazer a fiscalização do fechamento dos estabelecimentos comerciais. Modonezi afirmou que não se trata de uma ação punitivista, mas sim de conscientização.
A estimativa da prefeitura é que entre 90% e 95% dos comércios fecharam espontaneamente.
"Não é uma ação repressora, estamos trabalhando com comerciantes que trabalham e ajudam a cidade a se desenvolver. O que a gente precisa é que todo mundo compreenda o período de restrição que todo mundo vive", disse.
Segundo ele, nos casos de lojas abertas, equipes da prefeitura conversaram com eles e conseguiram conscientizá-los a fechar as portas.
A prefeitura já havia feito um decreto para obrigar o fechamento de lojas. Agora, com a quarentena imposta pelo governador João Doria (PSDB), bares, cafés e restaurantes também terão de parar com o atendimento, com exceção de produtos delivery.
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