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Descrição de chapéu Obituário Guaracira Gouvêa (1947 - 2020)

Mortes: Professora, lutou pelo respeito à educação no Brasil

Guaracira Gouvêa abriu campo de trabalho e pesquisa sobre educação em museus

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São Paulo

A figura doce, sorridente e de cabelos brancos levemente cacheados da professora Guaracira Gouvêa tinha várias facetas. Talvez a mais significativa tenha sido a abertura de um novo campo de trabalho e pesquisa até então pouco conhecido no Brasil: a educação em museus.

Guaracira foi protagonista na formação de educadores e pesquisadores nessa área.

Além disso, lecionou física e ciências em escolas públicas e privadas, criou e editou a Revista Ciência Hoje das Crianças e dirigiu o Centro de Ciências do Rio de Janeiro e o Departamento de Educação do Mast (Museu de Astronomia e Ciências Afins) até 2002. Atualmente, era professora da Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), pesquisadora e docente do programa de pós-graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Guaracira Gouvêa (de casaco vermelho) com um grupo de educadoras em museus - Arquivo pessoal

"Perdi minha grande amiga, uma pessoa incrível, profissional competente e carinhosa, com um enorme senso de ética e de justiça social. Com Guaracira aprendi a amar o mundo dos museus e entender como é relevante o papel dos educadores e das instituições culturais na promoção de uma sociedade mais justa e igualitária", diz a amiga Martha Marandino, 54, professora associada da Faculdade de Educação da USP.

Guará sempre se pautou pelo diálogo, pelo respeito às diferenças e pela paciência. Boa ouvinte e agregadora, sua dose de preocupação com o próximo era generosa.

"A contribuição da Guaracira não só pode ser percebida em sua produção científica e acadêmica mas em especial na atuação política e profissional. Ela sempre esteve ao lado da justiça e lutou por uma educação ampla e de qualidade durante a ditadura em nosso país", diz Martha.

Guaracira amava o marido, o professor Antônio Cláudio Gomes de Souza, morto em fevereiro último, e a família.

Sofria de Parkinson e morreu por complicações cardíacas, no dia 16, aos 72 anos. Deixa dois filhos e três netos.

​​coluna.obituario@grupofolha.com.br

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