Mortes: Colecionador de talentos, foi intenso no amor à família
Manoel Santos Costa era autodidata na língua portuguesa, matemática, história e música
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Superação é a palavra que representa Manoel Santos Costa, carinhosamente chamado de Costinha.
Nascido em Itainópolis (PI), adotou o Maranhão como seu estado do coração.
Sua mãe, Raimunda, ainda criança, perdeu para a gripe espanhola os pais e dois irmãos. Aos 13, casou-se com um militar e teve cinco filhos, que foram educados com a ajuda de parentes, pois o marido a abandonou sem deixar rastros.
Como o tio de Raimunda era governador do Maranhão e o irmão dela interventor de Coroatá (MA), a família mudou-se para lá.
Costinha começou a trabalhar muito cedo, num comércio. Era tão pequeno que precisava colocar um banquinho para enxergar os clientes. Tornou-se o esteio da família e logo conquistou o coração do patrão, que o tinha como filho.
Aprendeu logo cedo o significado da palavra dificuldade. Driblou muitas.
Segundo a filha, a jornalista Jane Lobo, 54, o desejo de terminar os estudos nunca se concretizou, mas tornou-se autodidata em vários campos: dominou a matemática, história e a língua portuguesa com vocabulário rico nos discursos.
Destacou-se como um homem dedicado e trabalhador, e pela facilidade com a qual conciliava o autoritarismo com o bom humor. Com os filhos, era o pai brincalhão. Costinha viveu intensamente para a família.
Seu dia a dia tinha doses elegantes de boa música, principalmente quando esbanjava talento no violão, outro conhecimento que obteve sozinho.
Trabalhou como subgerente de banco, foi presidente do Hospital Antônio Vieira e, ao longo da vida, acumulou patrimônios.
Costinha casou-se com a cirurgiã dentista Piedade Lobo, filha de Chilon Lobo, seu primeiro chefe. O casal teve sete filhos —dois já morreram.
Manoel Santos Costa morreu dia 24 de outubro, aos 88 anos, de câncer. Viúvo, deixa filhos, netos, bisnetos, nora e genros.
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